O executivo Paolo Scaroni , ex-comandante das estatais italianas de energia (Enel) e petróleo (ENI) é o novo presidente e CEO do Milan. Scaroni foi confirmado no cargo neste sábado, após uma votação por unanimidade na assembleia de acionistas, convocada pela primeira vez após a gestora de recursos norte-americana Elliott assumir o controle acionário do clube.

Leia também: Milan consegue reverter punição da Uefa e está liberado para jogar a Liga Europa

Paolo Scaroni, ex-CEO de estatais italianas, comandará o Milan
Divulgação/Ansa
Paolo Scaroni, ex-CEO de estatais italianas, comandará o Milan

O executivo já era um dos membros do conselho de administração do Milan , que foi quase totalmente renovado neste sábado: dos oito membros, apenas Scaroni e o ex-CEO da Telecom Italia (TIM) Marco Patuano permanecerem.

Li Yonghong , ex-proprietário do clube, Marco Fassone, ex-CEO, e três conselheiros chineses foram demitidos por "justa causa" por decisão da própria Elliott. Já Roberto Cappelli havia apresentado um pedido de demissão após a troca de comando.

Os seis novos conselheiros são: Franck Tuil, Giorgio Furlani, Stefano Cocirio, Gianluca D'Avanzo, Salvatore Cerchione e Alfredo Craca. "Como milanista, é uma grande honra fazer parte dessa equipe", disse o novo presidente do Milan.

Nas próximas semanas, o conselho deve se reunir para examinar um "plano de negócios para reconquistar o status de Champions League". Scaroni acumulará a função de CEO provisoriamente, até a escolha de um novo nome: Umberto Gandini, executivo da Roma, e Ivan Gazidis, do Arsenal, são os favoritos para o cargo.

Por sua vez, o ex-jogador Leonardo é o mais cotado para assumir a direção técnica do Milan, clube pelo qual atuou como jogador e treinador. "A eleição do novo conselho de administração marca um novo passo para devolver o Milan ao caminho certo", comentou Paul Singer, CEO da Elliott.

Leia também: Alisson diz que Salah mandou mensagem 'cobrando' sua transferência ao Liverpool

Disputa no Milan

Li Yonghong deixou o comando do Milan no dia 10 de julho
Reprodução/Ansa
Li Yonghong deixou o comando do Milan no dia 10 de julho

A gestora assumiu o controle acionário do clube italiano em 10 de julho, após Li Yonghong não ter conseguido reembolsar os 32 milhões de euros que a empresa lhe emprestara para subscrever um aumento de capital.

Antes disso, o chinês já devia mais de 300 milhões de euros à Elliott, fruto de um empréstimo contraído em abril de 2017, para ele conseguir finalizar a compra do Milan, então pertencente a Silvio Berlusconi.

O empresário acusa a gestora de ter "orquestrado" sua queda e ameaçou entrar na Justiça para garantir seus direitos. A Elliott é uma empresa de gestão de investimentos fundada em 1977, em Nova York, por Paul Singer, e possui mais de US$ 30 bilhões em ativos em sua carteira.

Com seus fundos, adquiriu participações em empresas importantes, como a operadora italiana de telefonia TIM e a mineradora australiana BHP Billiton. Em alguns casos, como o da própria TIM, adota uma postura agressiva, forçando inclusive mudanças na gestão. Clubes de futebol, no entanto, não fazem parte de seus investimentos habituais.

Leia também: Roma empresta Gerson, ex-Fluminense, para a Fiorentina por uma temporada

O que você achou desta mudança no comando do Milan , um dos maiores clubes do mundo. Deixe seu comentário abaixo.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!