O técnico francês Arsene Wenger deixou o comando do Arsenal oficialmente no fim da última temporada após permanecer no clube londrino entre os anos de 1996 e 2018, mas, para ele, ter ficado por tanto tempo na mesma equipe foi um dos erros de sua vida.

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Wenger diz que ficar 22 anos no Arsenal foi um erro:
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Wenger diz que ficar 22 anos no Arsenal foi um erro: "Prisioneiro do meu próprio desafio"

A confissão foi feita durante uma longa entrevista a rádio francesa RTL : "Talvez permanecer no mesmo clube por 22 anos", afirmou Wenger após ser questionado sobre qual seria seu maior erro. "Sou alguém que gosta de se mover muito, mas também gosto de um desafio. Virei prisioneiro do meu próprio desafio", acrescentou.

Na sequência, o treinador explicou que o erro a qual se referiu foi por ter levado as pessoas a sua volta para o desafio que ficou focado. Ele confessou também que ignorou muitas coisas para ir em busca do seu objetivo.

"Me arrependo de ter sacrificado tudo, porque magoei muitas pessoas ao meu redor. Eu negligenciei muitas pessoas, negligenciei minha família, meus parentes mais próximos. Na parte mais profunda, o homem obcecado é egoísta na busca do que ama", completou.

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O comandante também respondeu se existe alguma agremiação interessada em sua contratação, mas deixou dúvidas se deve continuar exercendo o cargo.

"Eu devo continuar fazendo o que eu estava fazendo ou devo pegar todo esse conhecimento acumulado durante esses anos e usar em um caminho diferente? Essa é uma questão que eu preciso responder nos próximos meses", disse o francês e analisou ainda a nova geração de técnicos, focando em ex-comandados de Arsenal, os compatriotas Thierry Henry e Patrick Viera.

"Frequentemente me perguntam se Thierry Henry e Patrick Viera vão ser bons técnicos e a minhas resposta é sempre 'sim'. Eles tem todas as qualidades: são inteligentes, entendem de futebol, tem grandes habilidades... Mas será que eles querem sacrificar o que tem que ser sacrificado? É uma obsessão que fica na sua cabeça dia e noite", salientou.

Já no fim da entrevista, Wenger fez uma revelação e admitiu que admira a música e a pessoa do cantor jamaicano Bob Marley, que faleceu em 1981: "Eu amo Bob Marley. Ele é pura clássica, de um jeito descolado. É muito triste o fato que ele tenha morrido com apenas 35 anos. Ele amava esportes, música... Para mim, a Jamaica me lembra isso. Esportes e música vão muito bem juntos", finalizou o treinador.

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Carreira de Wenger e sequência

Arsene Wenger e José Mourinho se cumprimentam sob os olhares de Sir Alex Ferguson na última partida do francês em Old Trafford
Reprodução/Twitter/premierleague
Arsene Wenger e José Mourinho se cumprimentam sob os olhares de Sir Alex Ferguson na última partida do francês em Old Trafford

Arsene Wenger , hoje com 68 anos, foi jogador de futebol entre 1973 e 1981. Passou por Mulhouse, ASPV Strasbourg e RC Strasbourg. Começou sua carreira como treinador em 1984, no Nacncy. Em 1987 foi para o Monaco e lá ficou até 1994, quando treinou o Nagoiya Grampus. Em 1996, foi contratado pelo Arsenal e comandou os Gunners em 22 temporadas. Conquistou três vezes o Campeonato Inglês, sete vezes a Copa da Inglaterra e sete vezes a Supercopa da Inglaterra. Desde sua saída está sem clube.

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