O Santos foi até Montevidéu, no Uruguai, nesta terça-feira, para enfrentar o Nacional , pela quinta rodada da Copa Libertadores e acabou derrotado por 1 x 0. A equipe comandada por Jair Ventura foi mal nos 90 minutos, mostrando dificuldades para criar jogadas mais uma vez. O atacante Rodrygo, porém, foi o ponto fora da curva do time santista.
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Com muita personalidade, assim como tem sido desde que estreou, Rodrygo infernizou o lateral direito Jorge Fucile, que precisou machucar o jovem de 17 anos para tirá-lo da partida. Após os 90 minutos, o uruguaio, que já jogou no Santos, elogiou o atacante e afirmou que o carrinho foi proposital para lesionar o santista.
"Tinha que me cuidar porque levei três canetas pela primeira vez na minha vida. É para se aplaudir o Rodrygo porque tem uma personalidade e um talento inato muito grandes, são poucos jogadores que conseguem cortar após correrem 'de 0 a 100'. Não tinha outro jeito senão tirá-lo do jogo. E, aí, acabou o jogo", afirmou o lateral, que sequer levou cartão amarelo do árbitro colombiano Wilmar Roldán.
Preocupação
Rodrygo, por conta do carrinho, precisou sair do jogo e foi filmado caminhando com a ajuda de pessoas do departamento médico do Santos com gelo no tornozelo esquerdo. Ele ainda passará por exames para saber qual a gravidade da lesão, mas o técnico Jair Ventura, em entrevista coletiva, demonstrou estar preocupado.
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"Mais do que a derrota, minha maior preocupação foi a lesão do Rodrygo. É uma joia. Uma pena a técnica ser parada com violência. Muita gente me critica quando preservo o Rodrygo. As equipes da Libertadores marcam mais forte. Acabam parando com violência. Vamos torcer para que não seja nada mais grave. Se perdermos jogadores por violência, prejudica. É uma pena", disse.
Confira a nota oficial do Santos sobre o caso
Os Meninos da Vila nascem para jogar bola e são estimulados para isso. Nem sempre se ganha, mas aqui é lugar de jogar futebol. Dar e tomar dribles faz parte. Tomar três dribles desconcertantes de um novo craque do mundo do futebol não significa uma mancha na carreira. Mas tirar esse craque de campo, com uma falta grave, e reconhecer que o tirou por não saber como não tomar o quarto drible, isso é.
O lateral Jorge Fucile, do Nacional do Uruguai, e que jogou no próprio Santos FC em 2012, admitiu que precisou apelar para a violência para frear o atacante Rodrygo. O mais novo raio da Vila passará por exames assim que chegar ao Brasil. Fará isso para saber a gravidade da contusão que só existiu porque um adversário não sabe ainda, já em final de carreira e mesmo ainda jogando por um dos clubes mais tradicionais do esporte, que respeito à um colega de profissão é elementar.
Como afirmou nosso técnico Jair Ventura “A técnica não pode perder para a violência”. E se depender do Santos FC isso nunca acontecerá. Nem sempre ganhamos, é verdade. Mas nos entristecemos ao ver decisões como as tomadas pelo jogador uruguaio. Nossos Rodrygos não pararão. Nem com ameaças, nem com faltas, nem com exageros. Nem mesmo com Fucile.
Passagem pelo Santos
O lateral uruguaio jogou no Santos em 2012, quando foi emprestado pelo Porto, de Portugal, em acordo envolvendo a venda de Danilo ao clube luso. Foram apenas 14 jogos com a camisa alvinegra e um gol marcado. Ele participou do título Paulista daquele ano, mas ficou mais no departamento médico. Em dezembro, o clube da Baixada Santista não renovou seu empréstimo.
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O Santos de Rodrygo volta a campo no próximo domingo, dia 6, para enfrentar o Grêmio, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro. Pela Libertadores, a última rodada será contra o Real Garcilaso, dia 24 de maio.