A Promotoria de Milão abriu nesta quarta-feira uma investigação para analisar a operação de venda do Milan, realizada em abril do ano passado pelo empresário chinês Yonghong Li . O clube rossonero foi adquirido pela holding Rossoneri Sport Investiment Lux, liderada por Li, em uma negociação no valor de 740 milhões de euros (quase R$ 3 bilhões, na cotação atual).
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No entanto, a Justiça italiana suspeita que a transação possa ter sido fraudada para encobrir uma suposta lavagem de dinheiro. O inquérito foi aberto pelo promotor Fabio De Pasquale, após ter recebido da Guarda de Finanças italiana três "sinais de transações suspeitas" entre Li e o ex-presidente do Milan Silvio Berlusconi.
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A investigação começa um dia após o jornal Corriere della Sera ter afirmado que um Tribunal na China declarou falência da Jie Ande, empresa comandada pelo atual presidente do Milan. A informação do jornal italiano aumenta ainda mais a desconfiança do verdadeiro poderio financeiro de Li, que está sendo investigado em seu país natal por usar práticas ilícitas para ocultar sua falência.
Em sua defesa, o presidente do clube italiano afirmou que todas as acusações sobre sua falência não passam de "notícias" falsas. Além disso, Li ressaltou que estão "ofendendo o clube e a sua família".
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No campo
Dentro de campo, a venda do Milan ainda não deu o retorno esperado. Apesar da recente crescente, o clube ocupa a sexta colocação do Campeonato Italiano, fora da zona de classificação à Liga dos Campeões, com 50 pontos, 25 atrás da líder Juventus. Na Liga Europa, a equipe hoje comandada por Gattuso, foi eliminada pelo Arsenal, nas oitavas de final, sendo derrotada na Itália e na Inglaterra.