Em seu sexto dia de deliberações, o júri do "caso Fifa " no Tribunal Federal do Brooklin, em Nova York, considerou nesta sexta-feira (22) o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol ( CBF ) José Maria Marin, 85 anos, culpado de seis das sete acusações contra ele. Horas após a decisão, a juíza Pamela Chen aceitou o pedido da promotoria e o brasileiro, que estava em prisão domicilar até o julgamento, será levado para a prisão federal. A pena, porém, só será dada em 2018.
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Segundo os jurados, Marin participou de uma quadrilha para extorquir dinheiro em contratos de marketing e direitos de transmissão televisiva envolvendo torneios da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) e da CBF.
Ele foi condenado por três crimes de fraude, ligados à Copa América, à Libertadores e à Copa do Brasil; por dois de lavagem de dinheiro, relativos à Copa América e à Libertadores; e por um de organização criminosa. Por outro lado, Marin foi absolvido do delito de lavagem de dinheiro na Copa do Brasil.
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O ex-presidente da Conmebol Juan Ángel Napout, do Paraguai, foi condenado em três acusações, enquanto o veredito contra o ex-mandatário da Federação Peruana de Futebol (FPF) Manuel Burga deve ser anunciado na semana que vem. As penas serão definidas pela juíza Pamela Chen, que julga o caso.
Os três cartolas estão em prisão domiciliar em Nova York desde 2015 - Marin vive em um luxuoso apartamento na Trump Tower, torre que pertence ao império imobiliário do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e para onde ele voltará até a juíza Pamela Chen decidir se ele vai para a prisão federal, como pediu promotoria que comanda o caso.
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Ele foi condenado por receber US$ 6,5 milhões em propinas ligadas a contratos de transmissão televisiva e marketing relativos à Copa do Brasil, à Copa América e à Libertadores. O caso é julgado nos EUA porque Marin usou o sistema bancário norte-americano para movimentar o dinheiro.
Decisão histórica
Essa é a primeira vez na história que um ex-comandante do futebol brasileiro é condenado pela Justiça. A decisão é de primeira instância, então ainda cabe recurso. O atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, suspenso pela Fifa por 90 dias, e o ex-mandatário da entidade Ricardo Teixeira também foram indiciados, mas o Brasil não extradita seus cidadãos. No julgamento, Marin tentou jogar a culpa para Del Nero, seu antigo aliado.