Através de imagens de câmeras de segurança, a polícia italiana identificou 16 torcedores da Lazio suspeitos de espalharem os adesivos e folhetos antissemitas pelo Estádio Olímpico, no último domingo, após a vitória sobre o Cagliari, por 3 a 0, pelo Campeonato Italiano.
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Entre os 16 suspeitos, três são menores idade, incluindo um de 13 anos. Alguns deles foram reconhecidos por serem integrantes da "Irridubicili", a torcida organizada da Lazio e uma das mais temidas da Itália. Caso sejam capturados, eles poderão ser acusados criminalmente por incitar o ódio racial e podem pegar até quatro anos de prisão.
Os torcedores da Lazio já confirmaram que vão boicotar o jogo diante do Bologna, nesta quarta-feira, também pela Série A Tim, alegando que não querem fazer parte do "circo midiático dos últimos dias".
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Governo condenou
A repercussão da atitude dos torcedores da Lazio chegou até o presidente do país, Sergio Mattarella, que condenou a ação. "Usar a imagem de Anne Frank como sinal de insulto e ameaça, além de ser desumano, é alarmante para nosso país, que foi infectado há 80 anos pela crueldade obtusa do antissemitismo", disse.
Adesivos antissemitas com imagem de Anne Frank, alemã de origem judaica, foram espalhados pelo estádio olímpico
Paolo Gentiloni, primeiro-ministro italiano, também criticou a atitude dos adeptos da "curva sul". "Há algumas coisas incríveis que ainda continuam acontecendo, como por exemplo, um grupo de torcedores de um clube de futebol que pensa que a história e a imagem de Anne Frank é brincadeira", declarou.
Homenagens a Anne Frank
Assim como foi realizado nesta terça-feira, na partida entre Internazionale e Sampdoria, o diário de Anne Frank será lido na abertura de todos os jogos da 10ª rodada do Campeonato Italiano.
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A Lazio irá se preparar para o seu jogo contra o Bologna usando uma camisa com a imagem de Anne Frank, uma adolescente de origem judaica morta durante a Segunda Guerra Mundial em 1945.
