Os jogadores do Genk , da Bélgica, estão indignados com a recomendação de usarem uma pulseira eletrônica que monitora toda a atividade física que eles fazem durante as 24 horas do dia, mesmo quando estão fora das dependências do clube ou em casa descansando.
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Os dispositivos chamados "Whoop" custam 500 euros (cerca de R$ 1.850,00) e são controlados através de um aplicativo, mas estão longe de ter a simpatia dos jogadores do time da primeira divisão belga.
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"Sinto-me como se fosse um preso. Os criminosos usam no tornozelo, e nós no pulso", disse um atleta não identificado ao jornal "Het Laatste Nieuws", enquanto outro jogador, que também preferiu ficar sob anonimato, acrescentou. "No clube sabem até quando fazemos sexo. É um atentado à nossa vida privada", esbravejou.
Polêmica no país
A controvérsia regra adotada pelo Genk levou alguns atletas a recusarem o uso da pulseira, como foi no caso do capitão Thomas Buffel. E as autoridades do país europeu se manifestaram. "Não se pode obrigar um jogador a usar a pulseira. Quem não quiser usar, não pode ser punido", defendeu a Agência Belga para Proteção de Dados.
Já Sarah Boulerhcha, porta-voz da Comissão de Proteção à Privacidade da Bélgica, disse que "para cumprir a lei, os jogadores devem dar seu consentimento por escrito, porque os dados de saúde são considerados protegiidos. O clube não pode coagir ou punir um jogador se ele se recusar a usar a pulseira".
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O Genk, por sua vez, esclareceu que o pedido foi feito pelo técnico Albert Stuivenberg e avisou que não existe obrigatoriedade em usar. "A pulseira é uma ferramenta de trabalho, que permite medir a frequência cardíaca, a recuperação ou o sono dos jogadores, de modo a determinar a intensidade que faremos individualmente com eles nos treinamentos. Não existe obrigatoriedade de usar a Whoop", disse a assessoria.