A Justiça da Suíça abriu uma investigação contra o presidente do PSG, Nasser Al-Khelaifi, nesta quinta-feira (12). O dirigente é acusado de corrupção na negociação dos direitos de transmissões televisivos das Copas do Mundo de 2026 e 2030. Além do catariano, o ex-secretário geral da Fifa Jérôme Valcke é também outro suspeito, por ter aceitado o suborno.
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Segundo as informações emitidas em comunicado pelo Ministério Público do país, as investigações contra o presidente do PSG e o ex-cartola tiveram início no mês de março deste ano. "Valcke é suspeito de aceitar indevidas vantagens de um negociador de direitos esportivos, ligadas à cessão de direitos para alguns países das Copas do Mundo de 2018, 2022, 2026 e 2030, e de Nasser Al-Khelaifi, ligadas à cessão de direitos esportivos para alguns países das Copas do Mundo de 2026 e 2030", diz o MP suíço.
Jérôme Valcke havia sido afastado de seu cargo ainda em 2016, por suspeita de fraude. Na ocasião, ele foi acusado de participar de um esquema ilegal na venda de ingressos para o Mundial de 2014, que aconteceu no Brasil. Em 2006, o cartola já havia sido demitido da Fifa por ter mentido em uma negociação, causando prejuízo de R$ 190 milhões à entidade máxima do futebol.
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Paris
Nasser Al-Khelaifi chegou ao clube parisiense no ano de 2011, quando o time foi adquirido pela empresa Qatar Sports Investiments (QSI). O catari é ainda chefe-executivo de um dos mais poderosos grupos de mídia do Oriente Médio e da Europa, o BeIN Media Group. Desde que o time francês foi adquirido pela organização árabe, contratações de astros foram feitas.
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Ibrahimovic, Di María, Thiago Silva e agora, Neymar por 222 milhões de euros, são alguns dos jogadores que foram comprados pelo PSG nesta nova fase. De família humilde, Al-Khelaifi era um ex-jogador de tênis, mas chegou a trabalhar para a Al Jazeera Sport, como diretor de aquisição de direitos.