A comemoração de Lionel Messi, com as mãos nos ouvidos, no gol contra a Holanda, pelas quartas de final da Copa do Mundo, em direção ao técnico Van Gaal, pode ter tido um gosto de vingança para Román Riquelme, ídolo do Boca Juniors.
O gesto feito por Messi se assemelha a tradicional comemoração do ex-jogador argentino, que teve uma relação conturbada com o treinador holandês no início dos anos 2000.
Contratado em 2002 pelo Barcelona, por 13 milhões de dólares, Riquelme chegou com moral ao clube catalão após um início espetacular no Boca e uma boa exibição contra o Real Madrid na final do torneio Intercontinental. No entanto, encontrou talvez seu maior algoz na carreira no time: Louis van Gaal.
O argentino foi levado pelo técnico a seu escritório, pouco tempo após sua chegada ao clube, que lhe disse que havia sido contra sua contratação por não se encaixar no modelo de jogo e por isso não o coloraria para jogar.
Fiel às suas palavras, Van Gaal o escalou em algumas ocasiões e fora de sua posição, Riquelme teve pouco sucesso no Barça e foi logo negociado com o Villarreal.
Messi foi criticado por Van Gaal em outras ocasiões, onde o holandês afirmou que o craque argentino não era um jogador ‘coletivo’. Após a vitória no Mundial do Catar, Messi disparou: "Sofremos demais injustamente. Van Gaal vende que joga um bom futebol".
O treinado holandês de 71 anos nunca teve uma relação saudável com atletas sul-americanos. Depois de Riquelme, Rivaldo foi a 'vítima' seguinte e em 2014, foi a vez de Di María, que não se entendeu com Van Gaal no Manchester United.