Emir do Catar
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Emir do Catar

Uma das principais polêmicas da Copa do Mundo foi a lei seca dentro dos estádios, exigida pelo emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani.

O grande problema é que a regra só vale para os "torcedores comuns". De acordo com reportagem do "The New York Times", os estádios do Catar têm espaços VVIP ('very, very important people'), destinados a mais alta cúpula do país e convidados. Nela, o álcool está liberado.

Para frequentar, o valor chega a 4.700 euros (R$ 25 mil) por pessoa e o local oferece seis pratos preparados por um chef privado, cocktails e a promessa da possível presença de celebridades.

No estádio Al Bayt, por exemplo, o espaço VVIP está bem longe da vista de todos. O emir do Qatar, Tamim bin Hamad Al Thani, chega de helicóptero, entra num Mercedes e acede diretamente no estádio. No espaço há álcool a rodo. O jornal dos EUA fala de champanhe, whiskey, gin e outras bebidas.

No jogo dos Estados Unidos com Inglaterra, por exemplo, havia em um dos lounges champanhe, whisky, brandy e tequila. As pessoas com acesso a estes espaços também pisam um tapete vermelho e são recebidas por jovens, que lhes entregam presentes.

As mesas estão decoradas com frutos secos, batatas fritas, seguindo-se depois um buffet com pratos como lombo de ovelha cozido lentamente ou bife de atum marinado, além de uma série de sobremesas.

"Os lugares VIP's são normalmente empresários e pessoas do setor bancário. Os VIPP são para o emir, a família, o seu pai e convidados estrangeiros", aponta um jornalista saudita ao 'The New York Times'.

Entre os estrangeiros que estiveram nos VIPP destaque para o príncipe Mohammed bin Salman, da Arábia Saudita, bem como Jared Kushner e Ivanka Trump, ex-conselheiro de Donald Trump e a filha do ex-presidente dos EUA. O presidente da FIFA, Gianni Infantino, também esteve entre os VVIP.

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