Em meio as muitas polêmicas que envolvem a Copa do Mundo no Catar, principalmente em relação a homossexualidade, algo ilegal no país sede, um jornalista ligado à FIFA surpreendeu ao final da coletiva de imprensa que marcou a abertura da competição.
Após a fala de Gianni Infantino, o profissional Bryan Swanson, pessoa de confiança do presidente do órgão máximo do futebol e diretor de relações com a mídia da FIFA, se arriscou publicamente e assumiu ser homossexual.
"Eu já passei algum tempo ao lado de Gianni, trabalhando ao lado dele e em todos os momentos me senti apoiado e ajudado. Sou gay como muitos outros colegas da FIFA e sempre me senti apoiado", revelou.
O jornalista ainda prosseguiu. "A FIFA é uma organização inclusiva e está sempre procurando ajudar a todos. Estamos aqui no Catar para trabalhar e não tivemos problemas. Vocês já têm a manchete", disse o jornalista escocês, que depois de muitos anos trabalhando na Sky Sports chegou à FIFA em 2021.
Vale lembrar que, recentemente, um embaixador do Mundial classificou a homossexualidade como um "distúrbio mental" e referiu que todos os que se deslocarem ao país para assistir ao vivo à competição “tem de aceitar as regras”.
"Muitas coisas vão acontecer aqui no país durante o Mundial. Vamos falar sobre gays. O mais importante é aceitar que todos venham, mas terão de aceitar as nossas regras", disse Khalid Salman, numa entrevista à estação televisiva ZDF.
Salman, que é um ex-jogador, afirmou ainda que a "homossexualidade é 'haram' (proibido)", e, antes de ser interrompido por um assessor, acrescentou: "É 'haram' porque é um distúrbio mental".