Dirigentes não viajam para “decisão” para priorizar eleições na Ponte Preta
Divulgação | Ponte Preta
Dirigentes não viajam para “decisão” para priorizar eleições na Ponte Preta

Na 15ª posição na Série B do Campeonato Brasileiro e ainda ameaçada pelo rebaixamento, a Ponte Preta terá um jogo decisivo contra o Confiança, em Aracaju, no próximo sábado, às 16h30. Faltam apenas duas rodadas para o término do campeonato e, em caso de vitória, a Macaca poderá selar sua permanência na Segunda Divisão. Em razão da importância, o duelo é considerado como o “jogo do ano” no Estádio Moisés Lucarelli e, mesmo assim, o presidente Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho, e seu braço direito, o superintendente David Martins, acompanharão tudo à distância, em Campinas.

Embora oficialmente garantam que sua prioridade é o futebol e sustentem um discurso cada vez mais frágil de neutralidade na política do clube, Tiãozinho e David Martins permanecerão em Campinas para acompanhar de perto o processo eleitoral do clube e poder votar. No sábado, das 13h às 20h, a Ponte Preta promoverá as eleições que vão decidir o novo mandatário da Ponte Preta para o quadriênio 2022-2025. Nos bastidores, Tiãozinho e David apoiam toda articulação da chapa Movimento Renascer Pontepretano (MRP), que tem como principais líderes os ex-dirigentes Marco Antonio Eberlin e Gustavo Valio. A outra chapa envolvida na disputa é a DNA Pontepretano, que já confirmou o advogado Eduardo Lacerda Fernandes como seu candidato à presidência.

A ausência de Tiãozinho e David Martins na viagem com a delegação alvinegra chama atenção porque em outras oportunidades, como na vitória por 1 a 0 sobre o Remo, em Belém, jogo também considerado vital para as pretensões de permanência da Macaca na Série B, os dirigentes viajaram com o time. Sem a dupla, quem chefiará a delegação campineira será o vice-presidente Hélio Kazuo, figura de pouca ascensão e pouca representatividade junto ao elenco alvinegro.

O abandono do time na reta final do campeonato para priorizar a possibilidade de voto nas eleições é apenas mais um indicador do alinhamento de Tiãozinho e David Martins com a chapa MRP. Membros da atual diretoria, como o diretor Financeiro Decio Sirbone e o diretor Administrativo, Maurilei Pereira, integram a chapa MRP e não sofreram qualquer represália. Por outro lado, os diretores Agnaldo José Ruela (Social) e Fabio Abdalla (Base) foram desligados após participarem do evento de lançamento da chapa DNA Pontepretano. Da mesma forma, o radialista Marcos Cerone, proprietário da web rádio PonteNews, passou a ser censurado na cobertura diária do clube após ter assinado com a chapa DNA. A determinação para a censura partiu da dupla Tião-David.

Cerca de 800 conselheiros estão aptos a votar no pleito de sábado e a chapa que receber a maioria absoluta dos votos estará eleita para composição da nova diretoria executiva da Ponte Preta. Há tensão nos bastidores do clube devido ao forte envolvimento da MRP com as torcidas organizadas e um forte esquema preventivo de segurança está sendo organizado pela Polícia Militar e Guarda Municipal para evitar confusões e garantir a tranquilidade dos conselheiros.

Risco agravado

A situação da Ponte Preta que já era delicada, se tornou ainda mais perigosa na tarde desta quinta-feira (18) quando o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) devolveu ao Brusque três pontos na tabela da Série B do Campeonato Brasileiro, que haviam sido retirados após um caso de racismo ocorrido no jogo contra o Londrina.

Com isso, o Brusque passa de 41 para 44 pontos na tabela, ultrapassando a Ponte Preta que tem 43. O primeiro time do Z4 é o Londrina com 41 pontos. Portanto, apenas dois pontos separam a Ponte Preta do rebaixamento para a Série C neste momento.

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