O atual presidente da Ponte Preta, Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho, não participará da gestão alvinegra a partir de 2022 em caso de vitória da chapa DNA PONTEPRETANO. Esse foi um dos principais destaques da participação de Eduardo Lacerda Fernandes, candidato da chapa à presidência do clube campineiro, durante live realizada pela web rádio PonteNews no Facebook na noite da última segunda-feira, 1º de novembro.
“Nós não compactuamos com o modelo de gestão atual e Tiãozinho não participará de nossa gestão. Nós respeitamos as pessoas, mas precisamos ter especialistas do mercado em posições relevantes. Profissionais capacitados e gabaritados. O futebol precisa ser tocado por quem entenda de futebol”, disse Lacerda, que em quase duas de entrevista destacou a necessidade da Ponte Preta retomar o crescimento, com uma gestão transparente e capaz de captar recursos e investimentos para o departamento de futebol.
A chapa DNA PONTEPRETANO adota uma estratégia diferente da sua concorrente, a Movimento Renascer Pontepretano (MRP), ao mostrar o que planeja para os próximos anos em caso de vitória. O MRP, até este momento, tem se manifestado exclusivamente via redes sociais sobre projeto para o clube em caso de vitória na eleição. O MRP ainda não anunciou o nome de seu candidato à presidência, nem tem disponibilizado um porta voz para atender aos questionamentos da imprensa.
Formado em Direito, Lacerda também ressaltou a necessidade de implantar uma gestão empresarial na Ponte Preta. Entre outras medidas previstas, ele anunciou a construção de um novo Centro de Treinamento em uma área de 60 mil m², com cinco campos de futebol, academia e arquibancadas. “A categoria de base e a torcida são os maiores patrimônios que nós temos”, destacou.
Centro de Treinamento e Arena
Sobre o futuro Centro de treinamento, Lacerda comentou que não deve haver problema na escolha da área onde será construído. A nova estrutura contaria com investimento de aproximadamente R$ 25 milhões, capaz de suprir a necessidade de implantação de campos de futebol, academia e alojamento. “Esse tema será direcionado após o resultado da eleição”.
Sobre a nova Arena, Lacerda descartou colocar o Majestoso nas negociações para a construção. Os recursos para a construção da nova casa da Ponte Preta seriam buscados pela WTorre, empresa parceira nesta empreitada. Vale lembrar que a WTorre foi a parceira do Palmeiras na construção do Allianz Parque, estádio que serviu como um divisor de águas na história recente do clube da capital.
Conversas com outros clubes
Lacerda revelou que tem estudado sistemas de governança dentro do futebol e citou como exemplo o modelo que Eduardo Bandeira de Mello implantou no Flamengo. O time carioca chegou a duas finais de Libertadores da América nos últimos três anos, além de conquistar o bicampeonato brasileiro. Outro clube com quem Lacerda tem conversado é o Athlético, clube paranaense que mudou de patamar no cenário nacional após a inauguração do seu estádio, a Arena da Baixada. Nesta temporada, por exemplo, o clube é finalista da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana, que serão disputadas, respectivamente, contra Atlético-MG e Red Bull Bragantino.
Categoria de base e novas contratações
Sobre a base, o candidato acredita que a Ponte Preta tem a necessidade de investir entre R$ 400 mil e R$ 600 mil mensais para manter um trabalho de qualidade. Para isso, segundo sua análise, seria necessário criar novas formas de receitas e não deixar que o clube fique refém somente das verbas de televisão. O montante captado por essas novas fontes seria destinado diretamente à base.
A respeito de novos contratos com jogadores de futebol, Lacerda lembrou a tradição da Ponte Preta em revelar jogadores que, inclusive, chegaram à Seleção Brasileira. Segundo ele, muitos querem vestir a camisa alvinegra por conta da tradição do time campineiro. No entanto, Lacerda avalia que os negócios precisam ser feitos de forma mais transparente e deixar claro para os torcedores e investidores o trabalho que está sendo realizado.