O anúncio do novo nome do estádio do Corinthians, que, pelos próximos 20 anos, será conhecido como Neo Química Arena , movimentou o início dessa semana e, aos poucos, diversos detalhes do contrato entre as partes vão sendo conhecidos entre os torcedores.
Além da confirmação do valor envolvido, que chega a 300 milhões (haverá correção anual dos valores baseado na taxa Selic), também já se sabe que os setores do estádio ganharão nomes de produtos da gigante farmacêutica, entre eles, Gelol e Doril. Está certo, ainda, um contrato de patrocínio para a camisa no valor de R$ 30 milhões. O contrato também prevê a construção de uma farmácia dentro da Arena.
Porém, a principal dúvida que paira no ar é se a Rede Globo falará o nome do estádio durante as suas transmissões ou adotará o mesmo procedimento que tem hoje com o Allianz Parque , estádio chamado de Arena Palmeiras na emissora, e com o Red Bull Bragantino , que é intitulado apenas de Bragantino .
Em entrevista ao "Os Maquinistas", podcast da Máquina do Esporte, o gerente de marketing do Corinthians , Caio Campos , confirmou que o contrato de cessão dos direitos de transmissão do Corinthians com o Grupo Globo obriga as partes a sentarem para negociar se haverá ou não a citação da Neo Química como detentora do naming right do estádio corintiano nas mídias do grupo.
"Existe uma cláusula no contrato com a Globo que diz que abriríamos uma conversa sobre o assunto se isso (nome da Arena) viesse a ser fechado. Isso é algo que já está sendo tratado pelo presidente Andrés Sanchez diretamente com a Globo e com a Neo Química , que já é cotista da transmissão do futebol da Globo", afirmou Campos.
Você viu?
Caio aproveitou para criticar parte da imprensa que se mostra contrária a usar o nome da empresa. "Já vi matéria hoje, que é absurdo, falando que jornalista não faz propaganda. Não quero que faça propaganda somente que seja igual nos EUA, onde se noticia o que é fato. Se existe uma proporiedade, ela foi paga e a parceira está investindo no seu negocio, que é seu corde de vida, a empresa tem que ser valorizada. Não é porque gosta ou não de uma certa pessoa ou instituição que tem que prejudicar a marca", diz.
A afirmação foi uma resposta a coluna escrita pelo jornalista Juca Kfouri , no UOL, no qual, ao divulgar o nome, o jornalista aponta que aquela seria a última vez que falaria o nome. "Seguirei citando Itaquera porque papel de jornalista não é o de fazer propaganda", escreveu. É público que o profissional e o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, não tem boa relação.
Na ocasião, o representante do Corinthians também comparou o acordo com os exemplos de fora do país. "A grande diferença desse acordo para um naming rights lá de fora é que eles (Neo Química) estão apostando muito em ativação e relacionamento com os clientes", disse Campos, confirmando que a negociação com a Hypera teve início ainda durante a pandemia e, em cerca de cinco meses, foi finalizada.
O gerente de marketing também revelou que o acordo com a Neo Química não deve ser o único que deve render dinheiro para a Arena e que é sim possível fechar acordos menores de patrocínio.
"Existe muita segmentação que podemos trabalhar. A gente vendeu a principal propriedade que há. Queremos agora uma montadora como parceira. A gente tem uma empresa de bebida e vamos ver o que podemos trabalhar para ela de entrega. Eu acho que a segmentação com esse tipo de relacionamento que vai haver com a Neo Química trará novos patrocinadores", apontou.