Anderson Barros, diretor de futebol do Palmeiras, mandou um forte recado à CBF e ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta terça-feira (11), durante o evento que sorteou os grupos do Paulistão de 2026, no Pacaembu, em São Paulo. O dirigente reforçou o desejo alviverde de que o Brasileirão seja decidido de maneira imparcial e “dentro das quatro linhas”.
"O Palmeiras tem deixado muito claro, principalmente através da senhora presidente, que ele quer que o campeonato seja decidido nas quatro linhas. O STJD e a CBF têm que ter muito cuidado com isso. O STJD, sim, precisa entender todos os prazos, que seja de forma equilibrada, e nós temos convicção de que isso acontecerá. As coisas serão feitas como devem ser feitas, é esse o recado e o posicionamento do Palmeiras, é muito claro", afirmou Barros em entrevista após o fim da cerimônia.
A fala do dirigente ocorre em meio a uma quente disputa de bastidores, que envolve a rivalidade entre Palmeiras e Flamengo. Ambos os clubes estão na final da Libertadores de 2025 e também medem forças ponto a ponto pela taça da Série A do Campeonato Brasileiro deste ano.
A postura de Barros reforça o discurso adotado por Leila Pereira, presidente do Verdão. Ela cobrou, na última segunda-feira (10), uma atitude neutra e equilibrada do STJD, ao criticar o adiamento do julgamento do caso do atacante rubro-negro Bruno Henrique.
Entenda
Tanto Leila Pereira quanto Anderson Barros expressaram publicamente suas preocupações com o STJD após a decisão de adiar, novamente, o julgamento do caso de Bruno Henrique, ao mesmo tempo em que a entidade, na mesma audiência, manteve a punição ao jogador Allan, do Verdão.
Além disso, o recado de Barros também teve relação com o julgamento de Vitor Roque, marcado pelo STJD. O atacante fez uma postagem de cunho homofóbico após a vitória sobre o São Paulo, em outubro, e terá o futuro decidido pela entidade na próxima segunda-feira (17).
Por fim, ainda em entrevista, o diretor do Palmeiras direcionou uma crítica ao calendário de jogos do futebol brasileiro.
"O Campeonato Brasileiro pode ser definido numa condição de não equilíbrio, o Palmeiras tem sete atletas convocados e isso interfere significamente. O calendário precisa ser modificado com participação dos clubes, da CBF e em alguns momentos das federações. A busca incessante por soluções é fundamental, não adianta transferirmos a culpa, só existe uma forma de encontrar equilíbrio, trabalhando muito duro e entender o que é factível ou não para ter um calendário no mínimo razoável", disse Anderson Barros.