O Flamengo venceu o Palmeiras, por 3 a 2, na tarde deste domingo (19), no Maracanã, pela 29ª rodada do Brasileirão . Com a vitória o Rubro-negro encosta no Verdão na liderença da tabela com o mesmo número de pontos. A partida começou nervosa e o Palmeiras pediu pênalti logo aos 2 minutos de jogo em uma jogada envolvendo o zaguero Gustavo Gomez.
O Flamengo
superou o início tenso da partida e abriu o placar com Arrascaeta em um lindo passe de Pedro. Mas o Verdão não se rendeu e Vitor Roque empatou a partida eletrizante pelo Brasileirão.
Ainda na primeira etapa, o rubro-negro desempatou. Pedro foi derrubado na área por Bruno Fuchs e o juiz Wilton Pereira Sampaio assinalou pênalti. Os palmeirenses reclamaram falta do atacante momentos antes da jogada. Mesmo assim a decisão foi mantida pelo VAR. Jorginho bateu no canto e deslocou Carlos Miguel.
Em seguida, Pedro foi implacável. Ele pressionou a saída de bola de Aníbal Moreno, recebeu passe de Arrascaeta e saiu na frente de Carlos Miguel. O atacante foi frio e marcou o terceiro para o Flamengo.
A segunda etapa começou com forte chuve no Maracanã. A água parece ter esfriado a cabeça dos jogadores e também o ímpeto dos atletas em campo. Vitor Roque chegou a levar perigo em um chute de fora da área que desviou na zaga e bateu na trave de Rossi. Nos acréscimos do jogo Gustavo Gomez diminuiu para o Palmeiras.
Com a vitória, Flamengo manteve o tabu de quase 10 anos sem perder para o Palmeiras no Maracanã. No primeiro turno, a equipe de Felipe Luís bateu o rival em São Paulo por 2 a 0.
Já o Palmeiras foi a campo com um desfalque importante. O goleiro Weverton sofreu uma fissura na mão e ficou fora da partida. O técnico Abel Ferreira surpreendeu e promoveu a estreia do terceiro goleiro da equipe. Carlos Miguel que foi contratado no meio da temporada recebeu a primeira oportunidade.
Tensão e polêmica
O clima para o duelo ficou ainda mais tenso. Na tarde de ontem (18), um grupo de torcedores do Flamengo estendeu faixas em protesto contra a arbitragem na sede da CBF, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
As mensagens atacavam a entidade que rege o futebol brasileiro e o rival paulista, que segundo os torcedores tem sido beneficiado pela arbitragem no torneio nacional. "VARgonha, campeonato manchado"; "CBF é verde" e "quem se mistura com porcos, vira CBF sem credibilidade" foram as expressões usadas pelos rubro-negros.
A polêmica em torno da arbitragem explodiu após a partida entre São Paulo e Palmeiras, que deu a liderança do campeonato ao clube alviverde. Na mesma rodada, o Flamengo perdeu para o Bahia e foi ultrapassado pelo rival.
No clássico paulista, que terminou 3 a 2 para o Palmeiras, a CBF admitiu os erros do juiz Ramon Abatti Abel e do árbitro de vídeo Ilbert Estevam da Silva contra o Tricolor e afastou ambos das competições promovidas pela entidade.
O Choque-Rei desencadeou uma série de manifestações públicas e troca de farpas entre os clubes. O diretor de futebol do Flamengo, José Boto, chegou a dizer que o campeonato estava sob suspeita. Já o Palmeiras, por meio de nota, disse que o clube sofre "pressão descomunal" e pediu que o STJD punisse quem estivesse envolvido em insinuações contra a lisura da instituição.