
O presidente do Corinthians, Augusto Melo, vive um cenário tenso no time do Parque São Jorge. Na última segunda-feira (28), o Conselho Deliberativo do clube reprovou as contas do Timão relativas ao ano de 2024, primeiro ano da gestão de Augusto. A decisão seguiu a análise jurídica do Conselho Fiscal e do Conselho de Orientação (CORI).
Foram apontadas irregularidades financeiras, atraso na entrega de documentos, falta de transparência e um aumento expressivo da dívida atual do clube.
Aproveitando o cenário financeiro desfavorável do Corinthians, o jornalista Benjamin Back, por meio de uma publicação nas redes sociais nesta terça-feira (29), decidiu se pronunciar sobre o tema.
“O Conselho de Orientação Fiscal do Corinthians reprovou as contas do Augusto Melo e, segundo o relatório, as dívidas aumentaram R$ 824 milhões. Está na cara que o Augusto Melo está com os dias contados como presidente do Corinthians e o impeachment dele é questão aí de acertar se é em maio, junho, mas acabou. A gestão do Augusto praticamente está encerrada”, disse Benja.
“Não estou aí para defender ninguém que faz coisa errada. Agora, a dívida do Corinthians é de R$ 2,5 bilhões, ela não foi feita em um ano e meio. Ela vem sendo construída há décadas. E o Conselho do Corinthians, nessas décadas todas, aprovando contas de todo mundo, tudo lindo e maravilhoso, né? Muito estranho isso”, apontou o jornalista.
“Eu votei no Augusto Melo na última eleição para o outro candidato, o André Negão, não ganhar, porque eu acho que precisava ter uma mudança. Enquanto existir o Conselho dentro do Corinthians, vocês esqueçam que teremos mudanças”, completou Benjamin Back.
Entenda
De acordo com o CORI, a dívida atual do Corinthians aumentou R$ 829 milhões quando comparado com as contas de 2023.
A maioria dos votos do conselho optou pela reprovação das contas, pelo placar de 130 a 73, e seis abstenções.
A gestão de Augusto Melo apontou ainda dados em relação à dívida total do Corinthians. De acordo com os números apresentados, ao final de 2024, os débitos encontravam-se na casa de R$ 1,8 bilhão, sendo que 1,2 bilhão correspondem ao clube e R$ 668 milhões à Neo Química Arena.
A atual administração argumentou que parte dos valores exorbitantes apresentados pelo Conselho é consequência de cerca de R$ 190 milhões em dívidas herdadas de gestões passadas e que tal crescimento é proporcional ao patrimônio do clube.
A gestão de Augusto Melo também diz que o montante de R$ 829 milhões de aumento não procede, argumentando que muitos dos valores incluídos já existiam anteriormente, ou são referentes a ajustes administrados, já previstos.
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