
A Polícia Civil de Goiás revelou na manhã desta quarta-feira (9) mais detalhes da "Operação Jogada Marcada",
deflagrada em seis estados brasileiros. Em entrevista coletiva, o delegado Eduardo Gomes revelou que seis pessoas foram presas, e que a investigação acontece há mais de um ano.
Ele explica que a investigação policial teve início em 2023, após a denúncia do presidente do Goianésia, que revelou ter recebido uma proposta de corrupção para que, através de uma certa quantia de dinheiro, ele conseguisse atuar como uma espécie de intermediador do esquema de apostas, conseguindo contatos e oferecendo quantias para outras equipes.

Mandados foram cumpridos em seis estados brasileiros
"Essa pessoa, que a gente entende que é de uma organização criminosa, é um articulador que tem essa função de entrar em contato com os profissionais direcionados do esporte, no caso, foi o presidente de um clube de futebol em que ele queria fazer um investimento no time. Porém, o clube tinha a obrigação de, em qualquer momento do campeonato, ceder para essa pessoa cinco resultados. Através desses jogos que ele escolheria, faria as apostas e teria aí o retorno do investimento", disse o delegado.
Seguindo a investigação, a polícia pôde identificar uma rede criminosa que atuava em três núcleos a nível nacional.

Ao todo seis suspeitos de envolvimento foram presos
"O núcleo dos financiadores, que são pessoas que injetam dinheiro para as apostas e os jogadores ou profissionais da área permitam essa manipulação dos resultados. O grupo intermediário, que é do aliciador, pessoas que têm contato com um profissional, seja jogador de futebol, seja um técnico, no nosso caso até um árbitro de futebol", revelou.
"No caso, nossa investigação abartou e chegou num ex-presidente de um clube de futebol do Ceará, além de três ex-jogadores de futebol que atuavam no norte e no nordeste", afirmou.
Com a operação realizada nesta quarta-feira, seis prisões foram realizadas. Se trata de um ex-presidente de clube, um árbitro, dois aliciadores e dois ex-jogadores, sendo que um deles ainda atuava na época da investigação. As prisões ocorreram no Espírito Santo, na Paraíba, no Maranhão, no Ceará e em Pernambuco.
Segundo informa a Polícia Civil de Goías, as fraudes já movimentaram ao menos R$ 11 milhões ilicitamente obtidos, inclusive por meio de plataformas de apostas.
Acesse nossa página
e confira as principais notícias dos esportes no Brasil e no mundo.