
As semifinais da atual edição do Campeonato Paulista foram recheadas com polêmicas de arbitragem. Na partida entre Palmeiras e São Paulo, disputada no Allianz Parque, houve muita reclamação por parte dos tricolores sobre o pênalti marcado de Arboleda em Vitor Roque.
Já do outro lado da chave, o zagueiro Gil, do Santos, reclamou da performance de Matheus Candançan na derrota do Peixe para o Corinthians. Durante a crítica, o defensor pediu para a FPF (Federação Paulista de Futebol) escolher árbitros de fora do estado para apitar jogos decisivos.
A ideia do veterano foi aderida pela FBF (Federação Baiana de Futebol), que anunciou na tarde da última quinta-feira (13), a escolha de dois árbitros de outros estados para comandar as finais do Campeonato Baiano.
O jogo de ida do confronto entre Bahia e Vitória será apitado por Rafael Klein, do Rio Grande do Sul. Na volta, Wilton Pereira Sampaio, de Goiás, será o responsável pelo clássico decisivo.
Ao iG Esporte, Leonardo Gaciba, ex-árbitro FIFA e atual comentarista da ESPN, falou sobre a iniciativa de trazer árbitros de fora para apitar jogos decisivos dos estaduais.
"Neste momento, não acho legal, em especial por significar ceder à pressão dos clubes em críticas às atuações. Trocar agora, significaria dizer: 'meus árbitros falharam e vou trazer de fora'. Lembro o caso específico do Rio Grande do Sul, que há mais de meio século não tinha árbitros de fora apitando suas finais. Isso enfraquece o quadro local", iniciou Gaciba.
"Agora, pré-campeonato, as federações poderiam agir de forma preventiva, propondo intercâmbios nas finais de competição. Assim, todos sairiam ganhando. Preservariam seus árbitros. Como exemplo, cariocas apitariam a final de ida dos Gaúchos e a de volta do Paulista. Os gaúchos poderiam fazer a ida de São Paulo e a volta dos Cariocas, e os paulistas a ida dos Cariocas e a volta dos Gaúchos. Planejamento e boa vontade de apenas três federações e problema resolvido", completou o ex-árbitro.
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