O técnico Lisca, atualmente sem clube, revelou que o Ceará recebeu “mala branca” do Palmeiras durante a disputa do Campeonato Brasileiro de 2018. Segundo o treinador, o valor veio para tirar pontos do Internacional, clube no qual disputava o título com o Alviverde Paulista.
“Sempre chega via jogadores (mala branca). Em 2018 recebemos, eu estava no Ceará. Jogaríamos contra o Inter, e o Palmeiras ofereceu mala branca, pagou aos jogadores. Recebemos e na hora da divisão foi uma confusão, a mala branca mais atrapalhou...”, disse em entrevista à Cazé TV.
“Os jogadores naquela época falaram que seria só nosso. Só atrapalhou, atrapalhou no jogo, porque os jogadores deram tudo contra o Inter e no jogo seguinte todo mundo com tanque vazio (risos). Foi ruim (a experiência), a gente empatou o jogo, achei que era só para ganhar o jogo, mas na verdade era para empatar, também. Foi a única experiência que tive e não foi muito legal. Depois que eu soube que ela é proibida, eu procuro não participar”, completou o treinador.
Segundo informações do “GE”, o Palmeiras negou que tenha feito o pagamento. O Ceará não se pronunciou, mas uma fonte revelou ao site que o valor foi recebido, mas a “confusão” citada por Lisca tem relação com a divisão dos valores.
Inicialmente, todos os funcionários do departamento de futebol do Ceará iriam receber o valor. Lisca, porém, não concordou e solicitou uma nova reunião.
Cabe ressaltar que de acordo com o Código Brasileiro de Justiça Desportiva, "dar ou prometer vantagem indevida a membro de entidade desportiva, dirigente, técnico, atleta (...) para que, de qualquer modo, influencie o resultado de partida, prova ou equivalente" pode gerar multa entre R$ 100 e R$ 100 mil, além de suspensão de 180 a 360 dias.