O atacante Bruno Henrique conquistou a Copa do Brasil neste domingo (10) , após o Flamengo vencer o Atlético-MG na decisão. A taça veio em meio uma polêmica envolvendo uma investigação por uma suposta participação em manipulação de resultados .
Segundo informações da investigação, o irmão, cunhada e a primeira do jogador do Flamengo criaram contas em uma casa de aposta e fizeram um palpite que Bruno Henrique receberia ao menos um cartão no jogo, o que de fato aconteceu. Assim, a polícia apura se o camisa 27 forçou o cartão.
Após a conquista da Copa do Brasil, o camisa 27 se emocionou em falar sobre os últimos dias e alertou novamente que é inocente.
“Sim (sou inocente). Recebi (a operação) de uma forma agressiva. Não esperava da forma que foi, mas eu acredito na justiça lá de cima. Deus é um cara que sempre sabe. Minha vida, minha trajetória, desde quando eu comecei a jogar futebol. Deus sempre foi comigo. E, cara, eu estou tranquilo em relação a isso. As pessoas que estão aí nessa batalha comigo, eu só peço que a justiça seja feita e separar fora de campo com dentro de campo”, disse Bruno Henrique em entrevista ao “Troca de Passes”, programa do “SporTV”.
Minutos antes, em participação em uma live no “GE”, Bruno Henrique revelou que passa por trabalho mental, e que isso vem o ajudando a lidar com a situação.
“Muita gente não sabe, mas a importância é muito grande do trabalho mental. Eu tenho uma pessoa que me ajuda bastante, a Flávia, ela sempre me ajudou nos momentos difíceis e bons, está sempre entendendo mais o Bruno. Sou um pouco difícil de entender, mas depois que eu passei a ter esse trabalho com ela eu consegui separar mais as coisas fora de campo e não trazer para dentro. Não é fácil, mas só com esse trabalho mental no dia a dia eu consegui dar o melhor e focar somente no que temos que fazer”, completou.
O caso está sendo apurado pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ), com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), e a Polícia Federal, em apoio à operação do GAECO do Distrito Federal.
Vale lembrar que, na citada operação, o jogador Eduardo Bauermann foi suspenso por 360 dias. Já os atletas Diego Porfírio, Romário, Matheus Gomes, Ygor Catatau e Gabriel Tota foram banidos do futebol.