O porta-voz presidencial da Argentina, Manuel Adorni, confirmou em entrevista coletiva que o país sul-americano se desculpou com a França após os comentários da vice-presidente Victoria Villarruel.
Na postagem, a vice-presidente afirmou que não iria se intimidar por países “colonialista” e disse que “bancaria” Enzo Fernández, pivô da polêmica envolvendo a seleção da argentina e francesa.
"Nenhum país colonialista vai nos intimidar por uma canção de campo ou por dizermos verdades que não querem admitir. Parem de fingir indignação, hipócritas. Nenhum país colonialista não vai nos amedrontar por uma canção de torcida nem por dizer as verdades que não querem admitir. Basta de simular indignação, hipócritas. Enzo eu te banco (apoio). Messi, obrigado por tudo! Argentinos sempre de cabeça erguida! Viva a Argentina!".
Entenda o contexto da história
Após o título da Copa América, Enzo Fernández e os companheiros da seleção argentina cantaram uma música racista e transfóbica dentro do ônibus, quando estavam rumo ao hotel.
“Escutem, corre a bola, eles jogam na França, mas são todos de Angola. Que lindo que vão correr, comem transsexuais como o p... do Mbappé. Sua velha (mãe) é nigeriana, seu velho (pai) é camaronês, mas no documento: nacionalidade francês”, diz parte da música cantada pelos jogadores da Argentina.
Em 2022, a imprensa internacional informou que Kylian Mbappé, à época jogador do PSG, vivia um relacionamento com uma modelo transsexual. Assim, durante a Copa do Mundo, a música ganhou força entre os torcedores.
Já em relação ao racismo, muitos atletas da equipe possuem dupla nacionalidade, como por exemplo Tchouaméni (Camarões), Mbappé (Camarões), Dembelé (Mauritânia) e Coman (Guadalupe).
Segundo informações da “Sky Sports”, o Chelsea, clube de Enzo, vai abrir uma investigação e pode punir o atleta pelo cântico. O vídeo parou de ser gravado após um dos envolvidos pedir para “encerrar o ao vivo”.
Veja abaixo galeria de fotos da partida entre Argentina e Colômbia: