Caso de racismo tumultua partida do Bahia na Série A2 do Brasileiro no Estádio de Pituaçu
Reprodução/ Redes Sociais
Caso de racismo tumultua partida do Bahia na Série A2 do Brasileiro no Estádio de Pituaçu

Após o empate em 0 a 0, no estádio do Pituaçu, que garantiu a classificação do Bahia para a elite do Brasileirão Feminino, a jogadora Suelen acusou o treinador Hugo Duarte, do JC, de tê-la chamado de “macaca” durante a partida válida pela semifinal da competição.

As acusações provocaram uma confusão generalizada em campo, resultando na intervenção da Polícia Militar solicitada pela arbitragem. Posteriormente, a PM recebeu o relato da jogadora e procedeu com a autuação em flagrante do treinador.

“O ato de racismo, proferido mais de uma vez pela expressão ‘macaca’, busca silenciar minha presença como mulher negra no esporte, mas a denúncia é a arma que tenho para combater o racismo”, declarou Suelen em suas redes sociais.

Em entrevista ao site “GE”, o advogado do treinador português negou a acusação de injúria racial e detalhou os próximos procedimentos legais. O técnico permanece detido e terá uma audiência de custódia agendada para a manhã desta quarta-feira.

“A nossa tese, e o que ele verbaliza para a gente, é que ele não falou nada daquilo ao que foi acusado. O que acontece a partir de agora? Bem, ele foi preso em flagrante, ele vai passar por uma audiência de custódia em que o juiz vai avaliar se mantém ele preso ou solta. Mas acreditamos que vamos comprovar sua inocência e o juiz vai liberar ele. Nossa tese é da negativa de autoria. Nossa confiança é de que ele será liberado”, disse o advogado Diego Benevides.

Veja nota de Suelen


Veja nota oficial do Bahia

O que deveria ser uma noite apenas de comemoração pelo acesso das Mulheres de Aço à elite do futebol brasileiro acabou manchada por episódio lamentável no estádio de Pituaçu.

Ao final da partida, a zagueira tricolor Suelen foi alvo de ofensa racial praticada pelo treinador da equipe adversária no gramado.

Acionada, a Polícia Militar conduziu o acusado à Central de Flagrantes da 1ª Delegacia para realização de boletim de ocorrência.

O Diretor de Operações e Relações Institucionais, Vitor Ferraz, acompanha a atleta juntamente com advogado criminalista que assessora o clube, além de outras jogadoras e funcionários que se apresentaram como testemunha.

O Esporte Clube Bahia SAF manifesta toda solidariedade a Suelen ao tempo em que cobra resposta à altura da gravidade do assunto, reiterando compromisso na luta contra qualquer tipo de discriminação.

Veja posição do JC

O JC Futebol Clube AM repudia qualquer ato de racismo ou injúria racial contra qualquer pessoa.

Sobre o ocorrido nesta segunda feira onde o clube enfrentou o Bahia pelo Campeonato Brasileiro Feminino, houve um ocorrido envolvendo o treinador e uma atleta do clube Bahia que estão sendo investigado.

O clube juntamente com seu jurídico estão averiguando todas informações necessárias dos acontecimentos ali presenciados para realizar os procedimentos cabíveis onde não haja informações infame ou caluniosas que prejudiquem quaisquer que sejam os envolvidos.

No mais retificamos que este clube lamenta e é contra qualquer tipo de preconceito.

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