O caso envolvendo o contrato entre Corinthians e VaideBet pode ganhar novos capítulos nos próximos dias. Durante entrevista ao programa “Mesa Redonda”, da TV Gazeta, o delegado Tiago Fernando Costa, da Delegacia de Crimes Financeiros do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), afirmou que, neste momento, vê o Corinthians como “potencial vítima” no acordo. Uma empresa intermediária do negócio também está envolvida no caso, a Neoway Soluções Integradas.
Segundo o delegado, neste estágio da investigação, nenhum dirigente do Timão está sendo investigado. O foco da Polícia Civil neste momento é apurar uma eventual constituição ilícita da Neoway. “Ao que tudo indica o Corinthians é uma potencial vítima. É importante frisar, até de uma forma de mostrar transparência, que a investigação está direcionada a apurar a eventual constituição ilícita da empresa Neoway. Neste momento, não temos nenhum dirigente do Corinthians, presidente, formalmente investigado”, disse.
“Tentamos identificar de maneira cabal quem está por trás da empresa Neoway. E nós, que combatemos a lavagem de dinheiro, costumamos nessas investigações rastrear o dinheiro. O dinheiro deixa rastros. Todas as notícias divulgadas, que o Corinthians teria enviado duas parcelas de R$ 700 mil para a empresa para a empresa Rede Social Media Design Ltda e essa empresa teria enviado R$ 900 mil em duas parcelas à empresa Neoway, tudo isso será investigado e principalmente rastreado. Nossa intenção agora é seguir o dinheiro. Seguindo o dinheiro, vamos descobrir fatalmente quem está por trás da empresa Neoway”, explicou o delegado.
Na sexta-feira (7), a casa de apostas rompeu unilateralmente o contrato de patrocínio máster. O Corinthians havia sido notificado pela VaideBet no último dia 27, alegando estar sendo prejudicada pela situação e cobrou explicações. O Alvinegro, por sua vez, respondeu a notificação da então principal patrocinadora na última quinta-feira, mas os esclarecimentos foram considerados insuficientes.
A parceria entre o clube e a VaideBet era válida até 2026 e previa o pagamento de R$ 370 milhões.