O Corinthians fechou, em janeiro deste ano, um acordo com a empresa “Vai de Bet”, que passou a ser a patrocinadora máster do clube. Mas, segundo informações divulgadas pelo jornalista Juca Kfouri, em seu blog no “Uol”, há laranja na intermediação entre a equipe paulista e a empresa.
De acordo com Kfouri, o Corinthians fez um pagamento no valor de R$ 700 mil para a Rede Social Media Design Ltda, em 18 de março deste ano. Três dias depois, o clube teria feito outro depósito, novamente de R$ 700 mil para a empresa.
A Rede Social, por sua vez, fez um pix de R$ 580 mil à Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda e, um dia depois, teria repassado mais R$ 462 mil à companhia.
O jornalista esclarece que a Rede Social foi a responsável por fazer a intermediação do patrocínio entre o Corinthians e a “Vai de Bet”.
Juca Kfouri também aponta algumas inconsistências relacionadas à Neoway. O jornalista revela que Edna Oliveira dos Santos, indicada como sócia da empresa, é moradora de uma casa simplória de tijolos, sem eletricidade, localizada em Peruíbe, litoral sul de São Paulo, e que ela vive com a renda vinda do Auxílio Brasil. Edna nega ser sócia da Neoway, o que evidencia que seu nome estaria sendo usado como laranja, sem seu conhecimento.
Além disso, segundo o que foi informado pela Neoway no ato da abertura da empresa na Junta Comercial de São Paulo, Edna teria endereço em um apartamento na Vila Olímpia, na capital paulista, porém, o zelador do local negou que tal pessoa more no edifício, de acordo com Kfouri.
O jornalista também revela que a Rede Social Media Design é de propriedade de Alex Fernando André, também conhecido como Alex Cassundé, que esteve na equipe de comunicação do atual presidente do Corinthians, Augusto Melo, no período em que o dirigente ainda era candidato à presidência do Timão.
Cassundé, por sua vez, teria uma ligação estreita com Sergio Moura, diretor de marketing do Corinthians.
Por fim, Kfouri afirma que os pagamentos feitos pelo Corinthians à Rede Social foram determinados pelo diretor administrativo do clube, Marcelo Mariano, e que a realização das transferências aconteceram contra a vontade de Rozallah Santoro, diretor financeiro do Timão, que estava viajando na época em que os depósitos foram feitos.
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