Dono da SAF do Botafogo, John Textor fez recentemente acusações graves contra a arbitragem brasileira, afirmando que juízes poderiam estar envolvidos em um esquema de corrupção. Por conta da denúncia, o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) determinou que o empresário norte-americano apresentasse provas das acusações até a última quarta-feira (13). Como Textor não o fez, ele poderia ser suspenso pelo tribunal, mas, nesta quinta, o órgão votou contra a punição ao dirigente.
Veja abaixo galeria de fotos de John Textor:
Os integrantes do STJD responsáveis pelo caso entenderam que é necessário esperar a denúncia por parte da procuradoria, antes de tomar qualquer decisão que envolva uma possível punição a John Textor.
Embora o norte-americano não tenha sido suspenso, ele ainda pode ser denunciado com base no artigo 223 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que prevê punição por “deixar de cumprir ou retardar o cumprimento de uma decisão”.
John Textor acredita que o STJD não seria o órgão ideal para receber as supostas provas que ele teria contra a arbitragem brasileira. O empresário deu a entender que está disposto a entregar o material ao Ministério Público e à Polícia Federal.
Entenda o caso
Textor fez acusações de que a arbitragem brasileira estaria envolvida em um esquema de corrupção, ao afirmar ter “juízes gravados reclamando de não terem suas propinas pagas”.
A declaração de Textor foi dada a jornalistas logo após a vitória do Botafogo por 2 a 1 sobre o Bragantino, na semana passada, no Nilton Santos, pelo jogo de ida da terceira fase da Libertadores.
“Nos últimos jogos do ano passado, o ódio foi tão forte que foi muito difícil para nós assistirmos. Não pode ser assim. Não vamos ganhar campeonatos assim. E os fãs vão ficar sabendo, nos próximos 30 dias, o que realmente aconteceu no campeonato (Brasileirão). Eles sabem o que eu sinto sobre isso, mas eu não vou divulgar isso na imprensa. É irresponsável. Os juízes na corte esportiva não deveriam estar fazendo piadas com ninguém sobre manipulações e erros”, disse Textor.
“Alguém dizer que não há corrupção no Brasil, quando eu tenho juízes gravados reclamando de não terem suas propinas pagas... Talvez a CBF não devesse me processar. Eu não acusei o Ednaldo (Rodrigues, presidente da CBF). Nunca disse nada sobre ele. Ele não é um corrupto. Ele é um homem que comanda uma organização que provavelmente precisa administrar melhor a corrupção externa. Porque é uma batalha contra fatores externos. É uma batalha que existe e está aqui. Houve manipulações e erros em 2021, 2022, 2023, e nós temos provas”, concluiu o dono da SAF do Botafogo.
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