O Palmeiras
conquistou o bicampeonato consecutivo do Brasileirão. Com isso, agora é possível cravar que o Botafogo
protagonizou a maior derrocada da história da competição. A equipe carioca chegou a liderar com 13 pontos de vantagem, mas não conseguiu se sustentar no topo e viu o Verdão ficar com a taça.
Veja uma galeria de fotos de John Textor, dono da SAF do Botafogo:
Para destrinchar o declínio botafoguense, é necessário retornar ao momento em que o time conquistou a sua maior vantagem. No dia 12 de agosto, a equipe carioca venceu o Internacional por 3 a 1, dentro de casa, e terminou o primeiro turno com 47 pontos, atingindo a marca de melhor campanha da história do Brasileirão no período.
Neste momento, a vantagem do Botafogo para o Grêmio, então vice-líder da competição, era de 13 pontos. Menos de três meses depois, essa 'gordura' já não existia mais, e o Alvinegro estava empatado com o Palmeiras na primeira colocação.
O que aconteceu?
A campanha que o Botafogo fez no segundo turno deixou muito a desejar. A equipe carioca desperdiçou diversos pontos importantes pelo caminho e viu sua vantagem desaparecer completamente. Neste período em que o Alvinegro deixou o Palmeiras encostar, foram 13 jogos, dos quais venceu apenas 3.
Por trás desse desempenho ruim, há alguns fatores, que passamos a elencar a seguir. Confira:
Trocas de treinadores
Um dos grandes responsáveis por essa vantagem do Botafogo foi Luís Castro, que deixou o clube para assumir a vaga de treinador no Al-Nassr , equipe de Cristiano Ronaldo. Após a saída do português, alguns nomes passaram pelo Glorioso.
Cláudio Caçapa assumiu interinamente, até a chegada de Bruno Lage, que aterrissou com muita moral no Rio de Janeiro, vindo da Premier League. No entanto, Lage não durou muito tempo e deu lugar a Lucio Flávio, que após ser garantido até o fim do ano, foi mandado embora para Tiago Nunes (que está até hoje) assumir.
Foram diversas trocas no comando, que inevitavelmente acabaram atrapalhando a sequência da equipe.
Queda dos destaques
Ao longo do campeonato, o Botafogo viu seus grandes destaques começarem a reduzir o nível de desempenho.
Exemplos como Tiquinho Soares , atacante que foi artilheiro do Brasileirão por muito tempo, Adryelson (zagueiro) e Lucas Perri (goleiro), que foram convocados para a seleção brasileira, passaram longe de fazer um segundo turno no mesmo nível do primeiro, e a equipe acompanhou essa queda.
Confrontos diretos
Desde o dia 12 de agosto, quando o Botafogo abriu sua maior vantagem, a equipe começou a perder vários pontos importantes, contra adversários diretos na briga pelo topo da tabela. Flamengo, Atlético-MG, Athletico-PR, Palmeiras, RB Bragantino e Grêmio foram alguns dos times que arrancaram pontos do Alvinegro.
Fator psicológico
Com as derrotas, o lado mental começou a pesar no Botafogo. A equipe que fez um primeiro turno quase perfeito, e estava com o título na mão, viu os adversários chegarem cada vez mais próximos.
Além disso, a maneira como o Botafogo perdia ou empatava seus jogos era traumatizante. Com viradas inacreditáveis, como contra Palmeiras e Grêmio, gols nos minutos finais, expulsões desnecessárias e polêmicas fora de campo, a confiança dos jogadores foi sendo minada.
Somando todos estes fatores, o Botafogo protagonizou um dos piores segundos turnos de todos os tempos, suficiente para atrapalhar completamente o excelente trabalho que havia sido construído na primeira metade da competição. A derrocada causou a perda do título, e o Palmeiras levantou mais um caneco.
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