Nesta quinta-feira (28), o Palmeiras joga a primeira partida da semifinal da Libertadores . A equipe de Abel Ferreira busca mais uma vez chegar à decisão da competição e precisa superar o Boca Juniors , da Argentina. Fernando Prass , goleiro que é um dos ídolos do Verdão, e hoje comentarista dos Canais "ESPN", que vai transmitir a partida da semifinal, concedeu uma entrevista exclusiva ao iG Esporte e fez uma análise de vários pontos desse duelo.
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Nesta primeira partida, os argentinos jogam em casa e Prass analisou o fator 'La Bombonera', que está a favor do Boca: "Não é segredo para ninguém que o Boca Juniors é um time que faz muito o 'fator local', uma atmosfera que se cria desde a chegada ao estádio. Então o Boca vai fazer um caldeirão, vai botar intensidade de jogo, para pressionar e tentar 'acuar' o Palmeiras. Isso é o que espera o Palmeiras lá".
Em um passado não tão distante, Palmeiras e Boca Juniors protagonizaram alguns confrontos que foram marcados por polêmicas de arbitragem. Prass não escondeu que essa é uma preocupação para o duelo, ainda mais neste primeiro jogo na La Bombonera.
"A arbitragem sempre é uma preocupação, principalmente para os brasileiros, né? Ainda mais pelo ambiente que se cria lá (na Bombonera), pela hegemonia recente dos clubes brasileiros, então é óbvio que o Palmeiras tem que estar atento a isso. Mas isso é uma coisa muito subjetiva, de bastidores, difícil a gente conseguir materializar isso, mas o Palmeiras com certeza tem que estar muito atento a qualquer sinal da arbitragem", disparou.
No entanto, Prass está confiante de que o Palmeiras está preparado para esse duelo: "O ponto forte do Palmeiras é ser um time muito sólido, muito consciente, bem treinado, e (uma equipe) que tem recursos para tentar contrapor essa estratégia do Boca. Óbvio que o futebol é uma questão de duelos, sejam individuais, coletivos, mentais... Então depende muito da vitória nesses duelos, né? Mas o Palmeiras se adapta muito bem e tem se mostrado com condições de jogar um jogo deste nível".
No Boca Juniors, um dos nomes que chama atenção é o do atacante Edinson Cavani, um dos melhores jogadores da história do Uruguai que chegou recentemente ao time argentino. No entanto, Prass acredita que o Palmeiras não deve criar táticas 'exclusivas' para Cavani e assim deixar o restante do time argentino de lado.
"Eu sou contra fazer preparação especial para determinado jogador porque se você fizer uma preparação especial para o Cavani, você vai tirar o foco dos outros, né? Você tem que fazer uma preparação especial para encarar o time do Boca. Eu já vi muitas vezes isso, você se prepara para determinado jogado e aí acaba negligenciando uma ou outra situação. Tirando raríssimas exceções, eu não sou adepto dessa estratégia", revelou Prass.
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