Otávio, volante do Atlético.
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Otávio, volante do Atlético.

Otávio Henrique Passos Santos, de 29 anos, chegou ao Atlético Mineiro em fevereiro de 2022. De início, o jogador veio ao Galo por meio de um empréstimo junto ao Bordeaux, da França. No entanto, já havia um acordo para que em julho do ano passado, quando seu contrato com os franceses terminasse, o volante assinasse um novo vínculo com o clube até junho de 2026. 

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Em entrevista exclusiva ao iG Esporte , Otávio revelou estar se sentindo cada vez mais adaptado ao time, e projetou a sequência da temporada, em um nível pessoal e também do clube. Além disso, o camisa 5 revelou bastidores com Felipão, Hulk, falou sobre a passagem na Europa, comparação com o futebol brasileiro e muito mais.

Projeção da temporada era diferente

"A gente tinha objetivos muito maiores, do que só estar tentando melhorar o desempenho e buscar uma vaga direta para a Libertadores. Sabemos do investimento feito para gente estar aqui hoje, e era muito importante estar dentro das competições, brigando pelo título", afirmou Otávio. 

No entanto, o jogador revela que a equipe vem crescendo mesmo em meio às adversidades: "Desde que o Felipão chegou no clube, acho que é o nosso melhor momento, em termos de desempenho. Isso é muito importante, porque eu sei que a gente tem muito mais para acrescentar ao clube, do que somente estar aonde a gente está hoje". 

Em busca de melhorar o cenário, Otávio acredita que Felipão pode dar conta do recado e conta como é ser treinado pelo prestigiado treinador: "Sem dúvidas (o Felipão pode mudar o cenário do clube). Não só no Brasil, como no mundo, ele é um dos técnicos mais vitoriosos da história do futebol, e é um prazer poder trabalhar e aprender todos os dias com ele. São poucos atletas com essa oportunidade. A gente sabe que não só ele, mas o clube e o grupo mereciam mais do que nós temos hoje", acrescentou.

Maior objetivo para o restante da temporada

"No momento, nosso maior objetivo é voltar a ter uma sequência positiva de vitórias. A gente não pode ficar almejando as coisas lá em cima, quando lá em baixo já estava começando a encostar. A gente tem que almejar o próximo jogo. Tenho certeza que a gente vai terminar o campeonato numa situação muito melhor do que a gente está hoje. Não posso frisar que a gente vai terminar em primeiro, segundo, terceiro ou décimo". 

Para quem acompanha de fora, a sensação é que o atacante Hulk é um dos grandes líderes da equipe e Otávio confirma essa impressão: "O Hulk é não só um líder técnico, mas também um líder com o poder da palavra. Ele chama a responsabilidade, é um atleta que tem todo respeito do grupo. Pelo tanto que ele trabalha diariamente, pelo tanto que ele já conquistou. Isso nos motiva cada dia a mais a buscar coisas grandes na nossa vida e no coletivo", revelou. 

Polêmica do camisa 7 com a arbitragem e faixa de capitão

"Claro que a faixa de capitão ela te dá poder no dia do jogo com o árbitro, com quem quer que seja. Perante o grupo, ele não só é um cara que tem voz ativa no dia a dia, mas também nos dias dos jogos. Ele deixou a faixa de capitão de lado para poder não continuar tomando cartões, não continuar essa encheção de caso com os árbitros, mas ele sem dúvida continua sendo nosso líder". 

Após passar 5 temporadas no Bordeaux, da França, Otávio confessa ter aprendido muito com o futebol europeu, principalmente em questões táticas. No entanto, para o jogador, o nível do mundo da bola brasileiro não está mais tão distante como era antigamente. Prova disso são os grandes nomes no Brasil. 

"Hoje o futebol brasileiro está muito evoluído em todos os sentidos. Acho que 2023 é o ano que tem mais atletas de seleções, de atletas que jogaram na Europa. Cada dia a gente vem vendo a evolução dos técnicos, das equipes, dos elencos. A parte tática era uma das coisas (que davam diferença) do quando eu saí, há anos atrás, que hoje eu vejo que não está tão distante mais da Europa. Não tem mais espaço para o atleta que não consegue se posicionar taticamente, e tecnicamente", diz Otávio.

Além disso, o jogador elogia o trabalho feito nas categorias de base: "Antigamente você olhava e falava: 'ah, o futebol brasileiro tem muito atleta de qualidade, mas não tem tanto técnica e tática'. Mas as coisas mudaram muito. Atletas que jogaram muito tempo na Europa vindo para cá, procurando jogar no Brasil, muitos técnicos que são agora de fora também".

Futuro está no Atlético ou pensa em voltar à Europa? 

"Futebol é muito dinâmico. A gente nunca dentro do futebol pode afirmar nada, que vai ficar 1, 2 ou 3 anos porque a gente realmente não sabe. Mas eu, particularmente, estou muito feliz. Tenho me sentido cada vez mais feliz dentro do clube, dentro da cidade. Então, não tem o porquê eu estar pensando em sair. Tenho muitos objetivos, títulos e muitas metas a conquistar dentro do clube. Tô feliz e quero me firmar cada vez mais dentro do clube". 

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