A jovem que alega ter sido estuprado por Daniel Alves aparentemente segue sofrendo meses após o suposto caso e ainda não conseguiu retornar a sua rotina normal.
De acordo com o jornal espanhol La Vanguardia, ela continua afastada do trabalho e frequenta duas vezes por mês uma associação especializada no atendimento a vítimas de violência sexual e sexista.
Durante a última visita ao médico legista, na qual compareceu ao lado da mãe, a suposta vítima se abriu ao profissional e afirmou sentir “raiva, tristeza e nojo” ao lembrar de todo o ocorrido.
Além disso, ela mencionou a angústia que sente porque muitas vezes suas palavras são questionadas e o medo de sair de caso, alegando que acredita que um detetive será contratado por Daniel Alves ou sua equipe jurídica para seguí-la, o que pode acabar revelando sua identidade publicamente.
Derrota
A suposta vítima, aliás, sofre uma derrota na Justiça nesse começo de semana. A terceira seção do Tribunal de Barcelona acolheu um recurso interposto na semana passada pelo advogado de Daniel Alves.
Cristóbal Martell solicitou a presença de um médico indicado por ele nos exames forenses a qual a jovem de 23 anos será submetida. O Tribunal informou a ambas as partes que aceita o pedido do defesa e autoriza medida inicialmente contestada tanto pelo Ministério Público quanto pelo advogado da vítima.
A ideia é que se investigue o real estado psicológico e as consequências que a vítima poderia ter sofrido após o suposto estupro. O objetivo é determinar se são ou não compatíveis com os fatos que a jovem denunciou às autoridades.
Liberdade
Nessa semana também está previsto sair a decisão do juiz sobre o pedido de liberdade provisória feito por Daniel Alves.
O advogado Cristóbal Martell defende que seu cliente não vai fugir e ficará na Espanha até o julgamento, mas a advogada da vítima, Ester García, alerta para o "grande risco de fuga".