Cuca foi contratado pelo Corinthians na última semana
Reprodução/Twitter
Cuca foi contratado pelo Corinthians na última semana

O caso de abuso sexual envolvendo o técnico Cuca ganhou novo desdobramento nesta terça-feira (25). Em entrevista ao UOL, o advogado suíço Willi Egloff, que defendeu a vítima na época do crime, desmentiu a versão do treinador do Corinthians .

"A declaração de Alexi Stival (Cuca) é falsa. A garota o reconheceu como um dos estupradores. Ele foi condenado por relações sexuais com uma menor", disse Willi.


Em sua apresentação no Timão, na última sexta-feira, Cuca afirmou que não havia sido reconhecido pela vítima.

"Se fosse no tempo de hoje, se tivesse acontecido agora, ia me favorecer muito. Você ia ouvir a moça: "Não, ele não estava. Não, ele não estava. Não, ele não estava". Foram três vezes. Pronto. Eu já estou absolvido. Não existe coisa mais absoluta do que a palavra da vítima. Existe? Não existe", disse o treinador.

O advogado suíço também confirmou a informação publicada em 1989 pelo jornal "Der Bund", de que foi encontrado sêmen de Cuca na vítima. O exame foi realizado pelo Instituto de Medicina Legal da Universidade de Berna.

O caso

Em excursão do Grêmio pela Europa, em julho de 1987, o então meio-campista do Grêmio foi detido com os também atletas Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi, sob a acusação de “manter atos sexuais” com uma menina de 13 anos, Sandra Pfäffli, em Berna, na Suíça, após uma vitória contra o Benfica.

Em depoimento, Sandra afirmou ter ido com amigos ao quarto dos atletas para pedir autógrafos. Na sequência, os jogadores teriam expulsado os colegas da vítima e a forçado durante 30 minutos a manter relações sexuais.

Os quatro acusados permaneceram presos por quase um mês em terras suíças. No fim de agosto daquele ano, o Itamaraty chegou a um acordo para que os atletas pudessem retornar ao Brasil.

Cuca, Henrique e Eduardo acabaram condenados a 15 meses de prisão e ao pagamento de US$ 8 mil dois anos mais tarde. Como o Brasil não extradita seus cidadãos, a possibilidade de execução das penas para ele e os outros envolvidos expirou em 2004.

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