A invasão feita por um grupo de torcedores organizados no CT Joaquim Grava, na manhã da última sexta-feira (17), não é corriqueira, mas está longe de ser novidade no Corinthians .
Em 2014, após uma derrota por 5 a 1 diante do Santos, cerca de 100 membros de torcidas organizadas pularam um dos portões destinados à entrada da imprensa e invadiram os campos do centro de treinamento.
Na ocasião, três celulares de funcionários foram roubados, uma faxineira do clube foi agredida e o atacante peruano Paolo Guerrero também apanhou. No entanto, o principal alvo da torcida era Alexandre Pato.
Pato e outros jogadores ficaram trancados dentro de uma sala no CT para não serem agredidos pelos torcedores. A invasão só acabou após mais de duas horas, quando os líderes do grupo conversaram com o técnico Mano Menezes.
Já em 2011, enquanto a delegação corintiana retornava da Colômbia após a eliminação na Libertadores para o Deportes Tolima, um pequeno grupo de torcedores organizados invadiu o CT e apedrejou os carros de alguns jogadores e do técnico Tite.
Viaturas da Polícia Militar foram chamadas ao local e fizeram o Boletim de Ocorrência enquanto o ônibus com o elenco do Timão ia a um hotel em Barueri, onde os atletas retornaram às suas casas.
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Assim, o ocorrido na última sexta-feira (17) marca a terceira grande invasão ao CT Joaquim Grava. Cerca de 40 torcedores organizados cortaram parte do alambrado para invadir o centro de treinamento, interrompendo o treinamento para fazer cobranças ao elenco e à diretoria alvinegra. Os torcedores que entraram no CT estenderam uma faixa pedindo a saída de Roberto e chamando o elenco de incompetente.
O Corinthians emitiu uma nota repudiando a invasão e informando que as imagens das câmeras de segurança serão enviadas para as autoridades policiais, com o intuito de punir os responsáveis.
Vale lembrar que em diversas ocasiões membros organizados já tiveram autorização do clube para entrar no CT e conversar com jogadores, comissão técnica e dirigentes durante momentos de crise. Na temporada passada, com o aval da diretoria, alguns torcedores entraram no CT e conversaram com lideranças do elenco e membros da direção após a derrota por 2 a 0 diante do Always Ready-BOL, na estreia da Libertadores.