Os dias de liberdade do jogador Robinho podem estar contados.
Isso porque, o Ministério Público Federal entregou à Justiça um parecer no qual apoia a prisão do atleta, condenado a 9 anos de prisão por estupro na Itália. As informações são do portal UOL.
Para o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos não existem restrições à transferência da pena do país Europeu ao Brasil. No seu parecer, ele ainda apontou quatro endereços nos quais Robinho pode ser encontrado, todos localizados na Baixada Santista, no litoral do Estado de São Paulo.
"Inexistentes quaisquer restrições à transferência da execução da pena imposta aos brasileiros natos no estrangeiro, razão pela qual o requerido há de ser citado no endereço a seguir indicado para apresentar contestação", apontou ele, no documento.
Próximos passos
O parecer já está nos autos do processo, que foi remetido a relatora do caso, a ministra Maria Thereza de Assis Moura, atual presidente do Superior Tribunal de Justiça
A partir de agora, a juíza será a responsável por pedir para a defesa do ex-jogador se manifestar. Vale lembrar, no entanto, que Robinho já foi condenado em todas as instâncias na Itália. Diante disso, não conseguirá uma reversão da condenação no Brasil.
O que será discutido é transferência ou não da pena para o país.
Caso
Robinho e outras cinco pessoas foram condenadas em primeira instância, na Itália, por violência sexual. Robinho chegou a ser um dos desfalques do Istanbul Basaksehir contra a Roma, pela Liga Europa, em 2019. Como a partida foi realizada na Itália, o brasileiro temeria o risco de ser preso.
O episódio pelo qual Robinho foi condenado ocorreu em 22 de janeiro de 2013. Os condenados foram acusados de abusar sexualmente, na saída de uma boate, de uma mulher de 22 anos. Em 2017, Robinho foi condenado a nove anos de prisão, apesar de afirmar que não teve "nenhuma participação" no estupro.
Em áudios capturados pela Justiça do país durante as investigações, é possível notar que Robinho assume ter feito sexo oral com a jovem. As conversas foram com o amigo Ricardo Falco, outro condenado na ação.