O retorno de Marcelo ao Fluminense é o assunto do dia no futebol brasileiro, e o presidente do time tricolor comentou sobre a negociação com o lateral-esquerdo de 34 anos. Em entrevista ao "Sportv" nesta sexta-feira, Mario Bittencourt falou das conversas com o atleta, que já aconteciam há algum tempo, segundo o dirigente.
"A gente vinha conversando há um tempo, desde o ano passado eu conversava com o estafe dele para saber o desejo de retorno para a casa dele. Ele começou no futsal do Fluminense quando era criança e depois foi para Xerém. O estafe disse que ele ainda tinha vontade de seguir na Europa. Antes de ele ir para o Olympiacos eu enviei uma posposta. No início do ano eu recebi a informação que ele queria voltar ao Brasil, para sua casa", disse.
O anúncio pegou a torcida do Fluminense de surpresa, já que as negociações não haviam vazado ainda. O presidente do clube de Laranjeiras explicou que o sigilo das duas partes foi muito importante para concluir o negócio.
"Construímos tudo com sigilo, isso é uma filosofia nossa. Uma contratação desse nível, um retorno de um grande jogador, requer muito contato. Muitas pessoas foram importantes. Eu conduzi a negociação, mas o Diniz foi importante, o Fred, o Angioni… A gente fez reuniões, nos falamos, construímos algo sólido. Quero agradecer publicamente ao desejo e ao empenho do Marcelo de querer voltar ao futebol brasileiro e ao Fluminense. Ele se emocionou muito, ele queria muito voltar. Foi fundamental o desejo dele", disse Mario.
"Foi uma negociação muito sigilosa, bonita, emocionante, leal. E por isso que conseguimos. O Marcelo entendeu que a volta seria grande. A forma como ele tratou, no clube que revelou ele, foi como o Fred voltou… Essa é uma filosofia nossa: trabalhar, concretizar, botar no papel. Fizemos um trabalho em conjunto com nossa equipe de comunicação junto com a equipe do Marcelo. Quando um jogador desse quilate volta para o futebol brasileiro, todos os torcedores, mesmo os que não são tricolores, ficam felizes", afirmou.
Mario Bittencourt também falou a respeito dos vencimentos de Marcelo, mas não deu detalhes de quanto o ex-jogador de Real Madrid e Seleção Brasileira vai receber. Segundo o mandatário tricolor, porém, o salário está dentro da realidade do clube, além da possibilidade de bônus em royalties.
"A vinda do Marcelo não teve custo, ele vem de forma gratuita, só pelos salários, que eu não posso falar. Mas está dentro da realidade do Fluminense, do futebol brasileiro e dentro da realidade do nosso elenco. Posso dizer que ele vai ter um salário compatível com o dos jogadores do nosso elenco. Tem uma composição também de marketing, como tinha com o Fred e tem de outros jogadores. Tem lançamento de produtos com royalties para ele, como temos bonecos do Cano, como faremos de outros jogadores", disse.
"Basicamente é um contrato de CLT e um de imagem, além de bonificações com royalties e como todos os jogadores têm em premiação em conquistas. Ele volta com amor ao clube, pelo projeto. Posso garantir que em nenhum momento ele voltou pensando financeiramente, até porque na Europa ou em outros mercados ele conseguiria mais", explicou.
Após concluir a negociação com Marcelo, o Fluminense seguirá ativo no mercado de transferências. Mario Bittencourt disse que o Tricolor está analisando algumas situações e que pode trazer um zagueiro, uma vez que Manoel sofreu uma lesão no joelho e precisou passar por cirurgia.
"A gente está sempre aberto a oportunidades. Talvez até o início da Libertadores a gente possa ter uma ou duas chegadas. Avaliamos aqui e talvez possamos contratar um zagueiro para o lugar do Manoel, que fez uma cirurgia. A gente teve duas saídas essa semana, do Yago e Calegari, então até o dia 5 de abril a gente pode trazer dois jogadores para compor nosso elenco para a Libertadores", finalizou.