Ricardo Wagner de Almeida, ex-dirigente do Botafogo, foi preso nesta quarta-feira após operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Conforme apontou a investigação, o homem lesou dezenas de pessoas e impôs um prejuízo de milhões de reais devido a um esquema de pirâmide financeira.
O detido já presidiu o Conselho Fiscal do Alvinegro carioca e foi preso em Piratininga, região de Niterói. Ricardo era dono da empresa "Futura Invest", que oferecia investimentos de criptomoedas e na bolsa de valores para contratantes. A polícia explicou como era realizado o golpe.
- Nos primeiros meses, as vítimas recebiam os percentuais prometidos, mas no médio prazo as parcelas não mais eram pagas, caracterizando o golpe da pirâmide financeira - contou a Delegacia de Defraudações.
Além do ex-dirigente do Botafogo, a Polícia Cívil do Rio de Janeiro também realizou outras 11 prisões no caso. De acordo com as investigações, os outros detentos são de maioria servidores públicos e militares.
O golpe já ocorria a cerca de dois anos. Em 2021, uma reportagem do programa RJ TV, da Rede Globo, apontava vítimas da Futura Invest. Na época, investidores afirmaram que a empresa havia fechado o escritório, em um andar inteiro de um prédio no Centro do Rio, e parado de responder.
Durante a atividade, um cliente da Fatura Inves foi enganado e teve um prejuízo milionário nas mãos da empresa. Em entrevista ao site "G1", a vítima afirmou que investiu o valor inicial de 100 mil reais no projeto e que recebeu a quantia correta durante apenas oito meses.
- Meu investimento inicial foi de R$ 100 mil, era uma rentabilidade de R$ 4 mil por mês. Eu recebi 8 meses. Parou em outubro de 2020. Eu acreditei na empresa, porque eles fizeram um contrato com autenticação no cartório e tudo mais. Eu acreditei na palavra deles - contou.
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