
O técnico do Goiás, Guto Ferreira, foi vítima de gordofobia por parte do jornalista Lucas Nogueira, da TV Brasil Central, de Goiânia.
A "brincadeira" ocorreu no dia 15 de janeiro, na cobertura do clássico entre Atlético-GO e Goiás. Em um dos seus comentários, o profissional afirmou que “não dá para colocar lapela (microfone) no treinador", por conta do peso dele.
“Nós temos um microfone aqui que chama lapela. No Guto não dá para colocar, não. Não tem pescoço, não tem uma divisória (apontando abaixo do queixo). Precisa cuidar disso”, afirmou Lucas Nogueira.
A afirmação foi seguida de risadas da apresentadora Thaís Freitas e do também comentarista Jean Lopes, que também fez piada com o treinador e questionou se Guto estaria “comendo muita pamonha”.
Após a repercussão, o treinador aproveitou o final da partida entre Goiás e o Iporá, para rebater as ofensas, porém, sem perder a educação.
“A atitude da equipe da Brasil Central na pessoa do Lucas, endossado pela Thaís e Jean, foi lamentável e perigoso. Para mim, não tem problema nenhum. Sou um cara cabeça feita. Mas eles têm de ter responsabilidade no que falam e da maneira que eles se manifestam”, disse.
Para Guto Ferreira, o episódio pode estimular o “bullying”.
“A Brasil Central atinge muitos e muitos espectadores no estado e no Brasil. São crianças que estão ouvindo e achando graça e endossando amanhã para fazer esse mesmo tipo de situação, que se chama bullying, entre eles. Eu tenho cabeça para suportar tamanha humilhação. Será que o garoto tem? E todo mundo sabe o que o bullying provoca”, completou ele, que usou um microfone de lapela como forma de protesto.
O jornalista Lucas Nogueira, por sua vez, pediu desculpas públicas pelo ocorrido. Por meio das redes sociais, o comentarista apontou que a sua fala “infeliz”.
O Goiás, clube do treinador, também entrou no caso e emitiu uma nota oficial de repúdio, apontando que os comentários feitos contra Guto foram “preconceituosos”.