O ex-jogador Romário foi reeleito como senador no Rio de Janeiro por mais oito anos, após liderar isoladamente a corrida eleitoral. Ao todo, ele obteve 2.384.080 votos.
A vitória, porém, foi muito criticada pelo jornalista espanhol Joaquim Piera, que atualmente trabalha como correspondente do jornal "Sport", do mesmo país.
Em artigo para a mídia citada, o profissional chamou a eleição do ex-jogador de "vergonha", por conta do apoio que Romário deu e recebeu do atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
"O povo é soberano e nada contra a escolha de ex-atletas. A questão central é que o ex-atacante de 1.002 gols foi escolhido como candidato da extrema-direita, abraçando o presidente Jair Bolsonaro, que perdeu o primeiro turno para Lula", iniciou o jornalista.
As críticas de Piera só aumentaram. "Ser bolsonarista no Rio de Janeiro significa defender os paramilitares que já ocupam 10% da região metropolitana, onde extorquem dinheiro da população pobre em um grau muito superior ao que os traficantes podem fazer", afirmou.
O jornalista ainda lembrou da violência da polícia carioca com inocentes e lembrou o passado de Romário. "Ele também incentivou uma das policiais mais mortíferos do planeta que, com total impunidade, realiza massacres nas favelas contra, principalmente, crianças inocentes, negras e pobres, como Romário foi em sua juventude quando estava nas categorias de base do Vasco da Gama e morava com a família na favela do Jacarezinho", apontou.
Revelado no Vasco, Romário defendeu dois times na Espanha, o Valencia e o Barcelona. Pelo Barça, o Baixinho fez 53 gols e deu 11 assistências em 73 partidas
Após a eleição, o ex-atacante agradeceu por meio das redes sociais os seus eleitores e falou da emoção de ser reconduzido ao Senado pelo povo do Rio de Janeiro.
“Prometo a vocês que trabalharei ainda mais para entregar uma melhor qualidade de vida para a população fluminense e brasileira. Esta eleição foi de muita luta, enfrentei concorrentes covardes e desleais, mas a população não se deixou enganar. E eu agradeço, mais uma vez, a confiança depositada em mim”, escreveu o senador.