Torcedor morreu baleado em confusão após derrota do Palmeiras no Mundial de Clubes
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Torcedor morreu baleado em confusão após derrota do Palmeiras no Mundial de Clubes

O agente penitenciário José Ribeiro Apóstolo Jr. teve a prisão em flagrante revertida em prisão preventiva neste domingo, após uma audiência de custódia realizada pela Justiça de São Paulo. Apóstolo é suspeito de matar o também torcedor do Palmeiras Dante Luiz, de 42 anos, baleado ontem, nos arredores do Allianz Parque, estádio do time paulista, após a  final do Mundial de Clubes.

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O delegado do caso, Cesar Saad, da Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE), confirmou que o agente penitenciário alegou legítima defesa em seu depoimento.

— Ele alega que teria sido abordado por um grupo de torcedores. Eles teriam duvidado de que ele fosse palmeirense. Começou então uma discussão e ele diz que foi agredido fisicamente. Para não apanhar mais, afirma ter sacado a arma e efetuado um disparo – afirmou.

Saad diz que está descartada a hipótese de o crime ter sido motivado por um acerto de contas. Apóstolo não tinha outras passagens pela polícia e o Instituto Médico Legal (IML) não identificou a presença de entorpecentes em seu organismo após o ocorrido.

Por ser agente penitenciário, o suspeito está preso em lugar separado dos demais detentos. Ainda não se sabe para qual centro de detenção ele será encaminhado.

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As investigações, explica Saad, continuam. Uma equipe da Drade fará levantamento de todas as câmeras da área para descobrir a motivação do tumulto entre torcedores do Palmeiras. Os investigadores ainda não tiveram acesso aos registros do início da confusão.

 – (Está se encaminhando para) um homicídio qualificado por motivo fútil. Foi desproporcional a ação dele com a questão da agressão. Onde ele estava, diversos Policiais Militares faziam a segurança do evento. Não tinha como ele justificar que perderia a vida – diz o delegado.

Despedida de Dante
Na tarde deste domingo, amigos e famíliares de Dante reuniram-se no Velório Municipal de Caieiras para a despedida do torcedor assassinado nos arredores do Allianz Parque. Diversos torcedores do Palmeiras foram com bandeiras e instrumentos de bateria para homenagear o motoboy e fã de escolas de samba.

Amigos de Dante ouvidos pelo GLOBO ressaltaram o perfil agregador do torcedor "da velha guarda" da Mancha Verde. O vizinho — e corintiano — José Augusto Cassiano, de 29 anos, diz que mesmo torcendo para o rival era sempre bem-vindo nos eventos do amigo.

— Dante era o cara mais divertido do mundo. Desde ontem, não dormi, estou passando mal. Era um grande parceiro, um grande amigo. Era o "mestre Dante". Respeito total ao "mestre Dante" – lamenta Cassiano.

Em entrevista ao GLOBO, Davi Santos, outro amigo de Dante, descreveu o torcedor como "pacífico, companheiro, alto-astral e dono de uma aura cativante". Ele ainda afirmou que o rapaz costumeiramente criticava as brigas entre torcedores. De acordo com Santos, ele repetia a frase de que os torcedores deveriam "carregar a bandeira de seu time e não brigar".

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