O atacante Germán Cano, do Vasco, foi ao Twitter mostrar apoio a Joshua Cavallo, atleta australiano que se assumiu LGBT na última terça-feira. Em seu perfil no Twitter, o argentino prometeu enviar a edição especial da camisa do cruz-maltino, em apoio ao movimento LGBTQIA+, ao colega de trabalho.
"Olá, amigo, queria agradecer-lhe por ser valente como é. Precisamos de mais pessoas como você no mundo, sem medo de nada. Sua frase ficou na minha cabeça, seja você mesmo. Gostaria de te enviar minha camisa LGBT de nossa amada equipe, o Vasco da Gama. Você é um exemplo, campeão", postou o camisa 14.
Em suas redes sociais, Cavallo (veja fotos na galeria abaixo) afirmou que estava pronto para compartilhar algo tão pessoal e ressaltou que pretendia apenas "jogar futebol e ser tratado com igualdade". Ele ganhou apoio de estrelas com Piqué, do Barcelona, e Griezmann, do Atlético de Madrid.
"Não foi fácil chegar a esse momento, mas não poderia estar mais feliz com a minha decisão de me assumir. Eu estive lutando contra minha sexualidade por pelo menos seis anos e estou orgulhoso por não precisar mais fazer isso", escreveu em comunicado o meio-campo que tem também nacionalidade italiana.
Apoio à causa
Ídolo da torcida cruz-maltina, o argentino sempre mostrou afeição pela defesa pública de causas sociais. No dia 27 de junho, o Vasco atuou com a camisa especial, com a qual pretende presenciar Cavallo. Na vitória por 2 a 1 sobre o Brusque, pela Série B, Cano comemorou um gol levantando a bandeirinha de escanteio, que na ocasião tinha as cores do arco-íris, uma das ações do cruz-maltino pelo dia do Orgulho LGBTQIA+.
Na mesma semana, o atacante passou a utilizar um filtro arco-íris em suas fotos nas redes sociais. O gesto do argentino virou ilustração especial no Vasco.
— O bom dessa comemoração é que não foi planejada. Foi algo do momento e isso o torna mais bonito. Quando fiz o gol, me ocorreu correr até a bandeira, tirá-la e pegá-la, dando uma mensagem de respeito, paz e amor. Somos todos iguais e cada um pode pensar livremente o que quiser — disse o argentino ao jornal "Olé", na época.