Diretor do Flamengo é alvo da
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Diretor do Flamengo é alvo da "Operação Laissez Faire, Laissez Passer"

O diretor de Relações Institucionais do Flamengo, Aleksander Santos, é alvo da "Operação Laissez Faire, Laissez Passer", que investiga repasse ilegal de verba pela Galvão Engenharia a ele, a José Carlos Cosenza, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, e ao então deputado federal José Otávio Germano, do Partido Progressista (PP). O diretor (veja fotos na galeria abaixo) atua como elo entre o clube Rubro-Negro e as esferas do poder.


Em depoimento sobre o caso, o ex-executivo da Galvão Engenharia, Erton Medeiros, relatou que, entre dezembro de 2011 e março de 2014, José Carlos Cosenza recebeu vantagens da empresa por conta de seu cargo de diretor de abastecimentos da Petrobras, posto concedido com influência de José Germano, deputado federal na ocasião.

Aleksander Santos, que neste período ainda não ocupava um cargo da diretoria do Flamengo, teria se colocado à disposição de Erton Medeiros para ajudá-lo na intermediação de assuntos a serem resolvidos entre a empreiteira e a Petrobras sobre a Refinaria de Paulínia.

De acordo com o documento, ao qual o "UOL" teve acesso, Aleksander seria o responsável por operacionalizar "contratos de prestação de serviços fictícios firmados com a Galvão Engenharia e a emissão de notas fiscais falsas para ocultar e dissimular a origem ilícita dos recursos." Segundo o veículo, o dirigente do Flamengo alega ter sido contratado como consultor da empresa e garantiu a legalidade das notas fiscais.

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A operação aponta que Aleksander Santos recebeu mais de R$ 450 mil reais. Primeiramente, um repasse de R$ 50 mil teria sido feito pela Galvão Engenharia. Após isso, "R$ 411.242,55, de modo parcelado, para a empresa Aleksander Silvino dos Santos, a fim cobrir custos de Aleksander dos Santos e despesas pessoais de José Carlos Cosenza".

Nos autos do processo, consta que os repasses feitos a Aleksander foram por celebração de prestações de serviços fictícios, que, consequentemente, culminaram com a emissão de notas fiscais falsas por parte do atual diretor de Relações Institucionais do Flamengo.

Autoridades policiais, no entanto, afirmam que faltam elementos capazes de justificar providências mais invasivas contra José Carlos Cosenza e que não houve identificação de transferências de recursos entre os investigados, ou quaisquer outros indicativos que demonstrem a remessa de recursos em espécie de Aleksander aos demais envolvidos no caso.

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