O sambista e presidente de honra da Mangueira Nelson Sargento, aos 96 anos, morreu na manhã desta quinta-feira. Gigante do samba e autor de canções como "Agoniza, mas não morre", Sargento estava internado, no Rio de Janeiro, após ser diagnosticado com o coronavírus na última sexta-feira e se recuperava de um câncer na próstata.
Nelson Sargento foi compositor, pesquisador, ator, cantor e escritor. Ele havia recebido sua segunda dose da vacina contra a Covid-19 no último dia 26 de fevereiro. Sargento também se dedicava como artista plástico. Apaixonado pelo Vasco, o sambista chegou a receber uma homenagem do clube recentemente.
Quando fez 90 anos, em 2014, o LANCE!
conversou com o mestre do samba, que revelou seu amor pelo Gigante da Colina. Ele mesmo reconhece que viver grande parte da história de construção do clube carioca.
– Sou Vasco desde 1934. Havia duas entidades de futebol no estado e o Vasco foi campeão numa delas (Liga Carioca de Football). Só gritavam o nome do Vasco pela cidade. As grandes lembranças são os campeonatos invictos que ganhamos - disse ele. O Cruz-Maltino compartilhou uma mensagem lamentando o falecimento.
- É com profunda tristeza que recebemos a notícia do falecimento de um dos grandes nomes da história do samba e um grande amigo do Vasco, Nelson Sargento. Desejamos muita força aos amigos, familiares e fãs neste momento de profunda dor - escreveu a equipe, via Twitter.
Nelson estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Instituto Nacional de Câncer (INCA) após autorização da família. O quadro de seu câncer era considerado controlado. Sargento ganhou este apelido por ter uma breve passagem pelo Exército.
Sempre envolvido com o mundo da arte, ele fez sucesso aos 31 anos, em 1955, com a canção "Primavera", samba-enredo também conhecido como "As quatro estações". Sargento ainda tem dois conhecidos livros e participou de tantos outros filmes, como "O Primeiro Dia", de Walter Salles e Daniela Thomas, e "Orfeu", de Cacá Diegues.