Evento do Galo detalha dívida do clube
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Evento do Galo detalha dívida do clube

O Atlético-MG realizou nesta sexta-feira, 23 de abril, o seu evento para apresentar um “raio-x” do clube, principalmente na parte financeira. O “Galo Business Day” apresentou os números do alvinegro, detalhando a dívida de R$ 1,2 bilhão. Desse valor, mais de R$ 500 milhões vence em 2021.




No evento, que contou com toda a cúpula alvinegra e três de seus apoiadores, os “mecenas”(Rafael Menin, Renato Salvador e Ricardo Guimarães), o discurso era de que o patrimônio do clube é maior do que os débitos. E, a meta primordial é a redução do passivo financeiro para R$ 341 milhões até 2026.

O vice-presidente do Atlético-MG, José Murilo Procópio, deu confirmou o valor da dívida e a busca pela redução de custos.

- O Atlético tem um passivo de R$ 1,2 bilhão. Mas o Atlético tem patrimônio superior a isso. O que nos cabe é o que estamos fazendo, reduzir custos. Fizemos economia em média de R$ 100 mil por mês só no departamento jurídico. Não temos mordomia nenhuma no Atlético, não tem motorista ou segurança para ninguém. Eu ando solto por aí. Minha preocupação não é o passivo, e sim reduzir despesa-disse.

O diretor financeiro Paulo Braz ressaltou que houve crescimento do patrimônio alvinegro.

-R$ 1,3 bilhão de patrimônio contábil. Crescimento de R$ 481 milhões de 2019 para 2020. E não tem aqui a mais-valia dos jogadores. O que daria mais do que R$ 1,5 bilhão-disse Braz, que destacou a redução de despesas com a demissão de funcionários, cerca de 200.

- O Atlético tem 531 pessoas (funcionários). Eram 736 pessoas. 205 pessoas foram desligadas. Economia mensal de 1.104 milhão de reais. R$ 1.209 bilhão é o endividamento do Atlético-MG ao fim de 2020. R$ 462 milhões de acréscimos. O Endividamento subiu, mas os investimentos também-comentou para em seguida afirmar que elenco alvinegro tem valor superior a R$ 600 milhões, com investimento de mais de R$ 250 milhões só em reforços.

-Investimos R$ 253 milhões em atletas (2020). O valor do elenco hoje é de R$ 630 milhões. Temos, sim, dívida, mas patrimônio muito maior- completou.

O diretor financeiro pontuou quais são as metas do clube para reduzir a dívida e ter uma gestão sustentável para o futuro.

-R$ 200 milhões de teto na folha salarial anual
-R$ 50 milhões em compras de atletas
-R$ 120 milhões em vendas de atletas
-33% do elenco profissional seja de revelações da base
Paulo Braz encerrou traçando a meta de redução de dívida do Atlético: chegar em 2026 devendo R$ 341 milhões.

O conselheiro e apoiador financeiro do Galo, Rafael Menin, revelou que houve um valor enorme em pagamentos de justos de dívidas na última década.

- São R$ 500 milhões de juros gastos pelo Atlético entre 2010 e 2020. É assustador. Gastar dinheiro a "deus-dará" não dá certo no futebol. O Atlético se equipa para ter maior eficiência no que é investido e no resultado esportivo. São 42% do R$ 1,2 bilhão a pagar em prazo curto. Ou seja, R$ 508 milhões. O Atlético acumula déficit. Acontece há 40 anos. O Galo foi pedalando, e o problema foi crescendo - disse Menin.

Só com o ex-presidente do Galo, Ricardo, Guimarães, o clube deve R$ 105 milhões. Mas, sem juros correções, segundo Rafael Menin. Ele disse que, se fosse um débito com um credor “comum”, o valor seria de R$ 250 milhões.

José Murilo Procópio garantiu que o Galo está disposto a negociar e pagar seus compromissos com os credores.

- Não vamos ficar de esconde-esconde. Queremos um desconto e prazo para pagar.

O Galo Business Day e o futuro do clube

Além das finanças, o Galo Business Day foi dividido em "Nossa equipe", "Indústria do Esporte", "Nosso Projeto" e "Futebol".
O CEO Plínio Signorini oficializou o "órgão colegiado", com a diretoria e os colaboradores no organograma do clube. Os 4 R´s foram oficializados como parte da instituição:

-Sérgio Coelho - Presidente
-José Murilo Procópio - Vice
-Rubens Menin - Apoiador
-Rafael Menin - Apoiador
-Ricardo Guimarães - Apoiador
-Renato Salvador - Apoiador

- Somos quatro empresários apaixonados pelo Atlético. O clube tem executivos do mais alto gabarito. O papel do órgão colegiado não é decidir se o Atlético vai trazer um atacante, ou um zagueiro - disse Rafael Menin.
Plínio Signorini comandará, como CEO, as seguintes pessoas.

-Paulo Braz - Financeiro
-Luiz Fernando - Jurídico
-Rodrigo Caetano - Futebol
-Leandro Figueiredo - Negócios
-Rodrigo Messano - Infraestrutura
-André Lamounier - Comunicação

Arena MRV

- Tem que ser um ponto de conexão com a torcida. Tem que ter um museu, visitação, característica da arena tem que ter alusão ao clube, um caldeirão, com setor popular, as cores da arena. Trazer o torcedor dentro do clube gera engajamento maior-disse Rafael Menin.

Diretrizes para o Futebol

O diretor de futebol Rodrigo Caetano falou das Diretrizes e projetos do clube para o futebol.

-Foco na gestão do departamento. Ênfase na utilização da base e investimento maior em mercado e scouting-disse, Rodrigo, que destacou suas funções no clube.

-Compra e venda de atletas
-Integração de áreas técnicas e administrativas do clube
-Controle de orçamento
-Apoio ao comando técnico

-Aumentar o número de convocações para a seleção de base
-Acompanhamento e monitoramento de atletas da iniciação com idades inferiores a 14 anos

- Proporcionar experiências competitivas internacionais aos atletas em formação.

-Temos missão de recuperar no Atlético o fato de ser referência de compra e venda de atletas, com boas negociações-disse Caetano, que também falou sobre uma nova ferramenta de mercado, chamada de Transferoom.
- Aproxima os interesses dos clubes, sem a necessidade de qualquer intermediário. Se joga na ferramenta as nossas carências e os jogadores que temos interesse de negociar-explicou.

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