O comentarista Paulo Vinícius Coelho falou sobre a paralisação ou não do futebol pelo Brasil durante o "Bem, amigos" desta segunda-feira (29). Para o jornalista, a questão principal deve ser diminuir o número de mortes e o Governo do Estado de São Paulo não está fazendo um bom trabalho neste sentido. PVC afirmou que o governador João Dória (PSDB) mentiu durante a eleição e, hoje, não consegue fazer o isolamento social.
- Eu tenho tido uma posição sempre entendendo que o Brasil pode seguir o que houve na Europa. Toda vez que eu digo isso, alguém diz "mas o Brasil não é igual a Europa". Acho que essa questão do calendário da Copa do Mundo, isso é importante demais. A prioridade é a vida. Se o Brasil não jogar a Copa do Mundo do ano que vem, não é esse o problema. A questão central não é se o futebol vai parar ou não, a questão central é como vai diminuir o número de mortes - disse o comentarista.
- Deste ponto de vista, eu tenho sido absolutamente desapontado com todos os nossos governos. Assim, o governador João Dória disse 17 dias antes da eleição que não aumentaria restrições no estado de São Paulo, e aumentou no dia seguinte. O governador mentiu. Esse é um ponto - continuou PVC.
- Ontem, Marcos Boulos [infectologista] disse que o futebol em São Paulo pode ser jogado a noite no toque de recolher, o problema é que o governo de São Paulo não está conseguindo fazer o toque de recolher. Então, a incompetência do governo tem que ser levada em conta. Repito, um governo que mentiu. A prioridade é terminar o número de mortes. Não pode ter três mil mortes amanhã, e vai ter quatro mil - concluiu o comentarista.
Na última segunda-feira, a Federação Paulista de Futebol (FPF) preparou um novo protocolo de segurança para apresentar ao Ministério Público de São Paulo com o objetivo de convencer o órgão a liberar o esporte no estado. A realização de eventos esportivos em São Paulo está proibida pelo governo desde o dia 11 de março, em atendimento a pedido do MP. Ela faz parte de um amplo pacote de restrições para tentar frear a aceleração de casos de Covid-19 no estado.