Neto critica Bolsonaro e Dória por postura na pandemia
Reprodução/Band
Neto critica Bolsonaro e Dória por postura na pandemia

O apresentador Neto, do programa da Band "Os Donos da Bola",  desabafou, nesta sexta-feira, sobre a pandemia de coronavírus no Brasil. Com aumento no número de morte de brasileiros nos últimos dias, o ex-Corinthins detonou uma fala de Bolsonaro e se solidarizou com os trabalhadores.

- Estava assistindo que, em Portugal, desde outubro, morreram, infelizmente, só 28 pessoas. Sendo que morriam 400 pessoas. O que fizeram lá? Lockdown geral. Eu entendo perfeitamente as pessoas que precisam trabalhar e têm que trabalhar, e aí não sou eu que tenho que pensar nisso. Eu não sou pago para isso. Eu não sou pago para fazer planejamento de quem vai abrir e quem vai fechar... Eu sou pago para falar.


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A fala de Neto esbarra em declarações recentes de políticos de São Paulo e do presidente da República Jair Bolsonaro. O ex-jogador do Corinthians rebateu uma frase de Bolsonaro sobre a compra de vacinas, onde o representante nacional disse que seriam compradas doses "na casa da sua mãe", respondeu ele a opositores das redes sociais.

- Dória, por que você não vai para Miami? Vai com a sua família, meu irmão. Vai você para o Maracanã, Bruno Covas! Aí, Bolsonaro, a minha mãe não vai comprar (vacina), mas eu compro para a minha mãe a vacina. Compro para a minha família, e para quem precisar também, diga-se de passagem - disparou ele, que se solidarizou:

- Compro para quem precisar. Por sinal, deveriam ter comprado 70 milhões de vacinas há seis meses. Se tivesse comprado, estávamos vacinados.

Neto ainda se comoveu com as pessoas que trabalham em eventos. Para ele, houve falta de organização no momento de aceitar e coordenar a volta de eventos, como shows e esportes. Logo na abertura do programa, ele se revoltou com a não paralisação do futebol.

- Ah, futebol e volêi podem... Por quê? Por que fizeram Copa do Mundo aqui, fizeram 12 estádios... Mas não fazem um hospital em um mês? Um hospital em um ano! Tem hospital com leitos para caramba, mas não tem respirador. Não tem porque meteram a mão - disse ele, que finalizou:

- Pode ser meu pior inimigo. Eu não tenho inimigo. Mas, se ele precisar de vacina, eu ajudo ele.

Ao todo, quase 11 milhões de brasileiros foram contaminados no país com o coronavírus. Desde o começo de 2020, mais de 260 mil pessoas morreram no Brasil por conta da doença. Vale lembrar que algumas regiões precisaram parar a vacinação por ausência de doses.

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