Após doar R$ 1 milhão para o Internacional pode escalar o lateral Rodinei na partida decisiva contra o Flamengo
, o empresário Elusmar Maggi Scheffer
prometeu colocar dinheiro no São Paulo
, adversário do Rubro-Negro na última rodada do Campeonato Brasileiro.
A declaração do torcedor colorado ( saiba mais sobre ele aqui ) irritou os cariocas, e segundo Rodrigo Dunshee, vice-presidente do clube, o Flamengo deve denunciar a atitude ao Ministério Público e à polícia .
Em declaração ao iG Esporte , Mauricio Corrêa da Veiga, advogado especialista em direito desportivo, esclareceu que a possível doação de Elusmar Maggi é proibida no Brasil e pode gerar punições aos envolvidos.
"O incentivo ao São Paulo jamais seria aceito pelos clubes, que sabem das consequências e das sanções para ambos. O Código Brasileiro de Justiça Desportiva e o Estatuto do Torcedor vedam a prática popularmente conhecida como "mala branca".
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De acordo com o advogado, "é proibido atuar de forma contrária à ética desportiva, com o fim de influenciar o resultado de uma partida".
"Além disso, há previsão de punição para quem der, receber ou solicitar, para si ou para terceiros, vantagem indevida em razão de cargo ou função, remunerados ou não, em qualquer entidade desportiva ou órgão da Justiça Desportiva, para praticar, omitir ou retardar ato de ofício, ou, ainda, para fazê-lo contra disposição expressa de norma. A prática, portanto, é proibida pelo Estatuto do Torcedor, que é Lei Federal", concluiu Mauricio.
Sobre a doação do torcedor para o Internacional , o especialista esclarece que não houve contravenção, já que o valor não teve como objetivo influenciar no resultado da partida.
"A doação de R$ 1 milhão feita pelo torcedor para que o clube escalasse Rodinei para a partida contra o Flamengo é permitida, pois foi para o pagamento de dívida", disse.