Acusado de assediar colegas
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Acusado de assediar colegas

Jornalistas mulheres de grandes emissoras de TV como Globo, Band e SBT afirmam que estão sendo importunadas e assediadas por Bernardo Lima , de 30 anos, que se apresenta como dono de uma web rádio que faz cobertura esportiva em Minas Gerais. A informação é do UOL.

De acordo com pelo menos seis mulheres que falaram sobre os seus casos, o acusado praticaria desde ofensas e comentários inoportunos, além de recorrentes ameaças de exposição com notícias falsas.

A partir desses depoimentos é possível notar que Bernardo age sempre da mesma maneira. Em um primeiro entra em contato como um colega de profissão e, após mostrar admiração, passa a incomodar. Quando é ignorado ou bloqueado, começa então a perseguir e fazer comentários de ódio e críticas. 

Uma das últimas denúncias partiu da jornalista Livia Laranjeira , da Globo, que publicou no Twitter um comentário feito por Bernardo em uma foto sua. Na mensagem, ele afirma que vai "fotografar sua bunda e postar". "A ideia não é assédio e sim te pilhar, você cai nas pilhas", escreveu Bernardo.

Na mesma postagem, a repórter afirmou que já denunciou o acusado, "mas ninguém faz nada, e ele segue se apresentando como jornalista e se credenciando para coberturas esportivas."

Outra que alega sofrer com ele é a repórter Yara Fantoni , da Band. Apesar de dizer que nunca foi assediada ou ameaçada, aponta que recebe mensagens inoportunas de Bernardo desde 2014. "Ele descobriu meu celular uma época. Pede emprego. Fala que quer ir aos programas em que trabalho. Fala pra eu não ignorar que ele é meu companheiro de profissão. Depois faz críticas às matérias que assistiu. Perturba mesmo", revelou Yara.

O acusado, aliás, já chegou a trabalhar em eventos de vôlei e de MMA. Em 2016, chegou a cobrir um treino da seleção brasileira de futebol em Belo Horizonte. Dois anos depois, admitiu ter falsificado a carteirinha da Associação Mineira de Cronistas Esportivos. Desde então, a entidade vem recusando as suas tentativas de credenciamento em eventos.

Vale lembrar que um projeto de lei tenta tornar esse tipo de perseguição como crime no Brasil. Isso já ocorre em países como Estados Unidos, Reino Unido e Portugal. 

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