Flávio Prado
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Flávio Prado

O Fluminense entrou com recurso contra a Radio Jovem Pan após o jornalista Flavio Prado falar em 'picaretagem' ao se referir ao Tricolor carioca.

O clube alegou que o comentarista fez comentários ofensivos ao clube, em rede nacional, incitando ódio entre os clubes de futebol e torcidas brasileiras, ao afirmar que "o Fluminense vai à Justiça e fica de picaretagem".

Após ter pedido de indenização negado em 1º grau, o clube apontou que a liberdade de imprensa não é absoluta e que o locutor e a rádio extrapolaram os limites da expressão de opinião. Assim, defendia a necessidade de retratação, em rede nacional, no mesmo horário em que se deu o comentário.

No entanto, de acordo com o 'Uol', a 4ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) negou o pedido do clube carioca, que também cobrava uma indenização da emissora de R$ 50 mil.

Após ter o pedido negado, o clube afirmou que a imprensa não tem liberdade absoluta e o radialista ultrapassou os limites. No entanto, a desembargadora Maria Claudia Bedotti não aceitou a contestação.

“É fato notório que os comentaristas esportivos que se dedicam a analisar o futebol brasileiro externam suas opiniões e críticas de forma dura, contundente, ácida, irônica, com emprego de expressões informais e, não raro, rudes, mas que se repetem em relação a todos os clubes indistintamente, tornando-se verdadeiros jargões futebolísticos, em geral em alto tom de voz, todos falando ao mesmo tempo, principalmente nos casos que envolvem o rebaixamento dos clubes de futebol e o recurso à Justiça Desportiva", disse.

A desembargadora ressaltou que as expressões "picaretagem" e "tapetão" não implicam qualquer intenção dolosa ou propósito deliberado de atingir a honra de ninguém. Assim, negou provimento ao recurso

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