O incêndio que vitimou dez jovens atletas que defendiam as categorias de base do Flamengo completa nesta segunda-feira dois anos. Duas famílias que perderam dos meninos na tragédia ainda esperam até o dia de hoje por um acordo financeiro com o clube carioca. Trata-se dos familiares do goleiro Christian Esmério e a mãe do meia Rykelmo .
De acordo com o portal "UOL", os familiares do arqueiro preparam uma documentação para acionar o clube carioca na Justiça. Enquanto isso, a mãe do jovem meia aguarda os próximos passos do processo que já foi iniciado em agosto de 2019.
O Rubro-Negro fechou acordos recentemente e chegou a nove resoluções em 11 tratativas. Houve um denominador comum com as famílias de Arthur Vinicius, Pablo Henrique, Samuel, Athila Paixão, Bernardo Piseta, Gedson Santos, o Gedinho, Jorge Eduardo, Vitor Isaias, e com o pai de Rykelmo.
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No último dia 15, o Ministério Público do Rio denunciou 11 pessoas pelo crime de incêndio culposo qualificado pelos resultados de morte e lesão grave, todas elas apontadas como responsáveis pela tragédia que vitimou 10 garotos. Na lista de acusados está Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo.
"Reitero minha total solidariedade às famílias das crianças. Conforme tenho afirmado, a denúncia contra mim é injusta, sem fundamento e incoerente com a atuação do próprio Ministério Público junto ao Clube desde 2012, além de ter ignorado todas as informações prestadas ao longo desses dois anos pela defesa e reveladas pela imprensa", disse o ex-presidente do clube carioca em entrevista ao portal "UOL".
Além de Bandeira, também estão na lista de acusados: Antonio Marcio Garotti (ex-diretor financeiro do Fla), Carlos Renato Mamede Noval (atual diretor de transição do Fla), Marcelo Maia de Sá (ex-diretor de obras do Fla), Luiz Felipe Almeida Pondé (ex-engenheiro do Fla), Claudia Pereira Rodrigues (diretora da NHJ, fabricante dos contêineres), Weslley Gimenes (engenheiro da NHJ), Danilo da Silva Duarte (engenheiro da NHJ) Fabio Hilário da Silva (engenheiro da NHJ), Edson Colman da Silva (técnico de refrigeração) e Marcus Vinicius Medeiros (monitor).
O MP rechaçou a existência de fatores externos como as causas pela tragédia, culpando exclusivamente os responsáveis pelo clube. Na noite da tragédia, uma tempestade caiu sobre o local do CT do Ninho, o que foi apontado por muitos como a causa para um eventual curto-circuito nos aparelhos de ar condicionado do alojamento provisório.