Rogério Ceni não foi feliz em suas mudanças na equipe do Flamengo
Alexandre Vidal / Flamengo
Rogério Ceni não foi feliz em suas mudanças na equipe do Flamengo

O Campeonato Brasileiro se ofereceu ao Flamengo de forma insinuante neste fim de semana. Primeiro, empate do São Paulo com o Coritiba e derrota do Atlético-MG para o Vasco no sábado. Neste domingo, o Internacional empatava com o Grêmio enquanto o rubro-negro carioca decepcionava ao perder para o Athletico-PR. Com o resultado em Curitiba consolidado em 2 a 1, o líder virou a partida. E deixa o Flamengo sem possibilidades de ser campeão dependendo apenas de si.

O resultado deixa o rubro-negro com os mesmos 55 pontos, a oito pontos do líder Inter, faltando exatamente sete jogos para o fim do campeonato. Mesmo que vença o jogo atrasado contra o Grêmio, na quinta-feira, e o confronto direto com o Inter, seria necessário depender de outros resultados.

Se na última partida Rogério Ceni conseguiu encontrar boas soluções com o improviso de Arão na zaga, desta vez se enrolou todo com as opções que tinha na ausência de Rodrigo Caio, lesionado, e Bruno Henrique, suspenso. Vitinho foi a tirada de coelho da cartola do treinador, mas mesmo diante de uma participação muito ruim, só saiu no final.

Ceni preferiu tirar Gabigol para lançar Pedro no meio do segundo tempo, precisando da vitória, e pouco depois colocou Rodrigo Muniz. Na saída, Gabigol discutiu com o treinador.

Os gols foram marcados por Abner e Renato Kaiser. Gustavo Henrique descontou para o Flamengo.

O primeiro tempo do time de Ceni não foi digno de quem venceu bem o Palmeiras no meio de semana. Nem de quem deveria aproveitar os vacilos dos adversários diretos para se aproximar do topo da tabela. A equipe perdeu em potência e efetividade. E finalizou menos do que o adversário.

Com um meio-campo de "camisas 10", como o técnico enalteceu no último jogo, faltou combatividade. Gerson, Diego e Éverton Ribeiro não conseguiram criar e ainda deram espaços.

O Athletico-PR surportou a pressão inicial do Flamengo, que teve a bola, mas não criou perigo. E saiu ao ataque apostando nas jogadas pelas laterais.

Na primeira delas, Hugo Neneca salvou o Flamengo. Com Arão e Isla mal posicionados, e sem a cobertura de Éverton Ribeiro, o goleiro nada conseguiu fazer quando Abner apareceu livre na segunda trave. O cruzamento pelo lado esquerdo da defesa não sofreu pressão de Filipe Luis e Vitinho, este muito abaixo nas obrigações defensivas.

A sorte voltou a sorrir para o Flamengo pouco depois. Em bola parada, Gustavo Henrique apareceu bem e fez de cabeça. O gol, a primeira finalização, veio aos 33 minutos. E depois dele o jogo ganhou em equilíbrio.

O Athletico não ficou pregado na defesa e saiu no fim do primeiro tempo. O Flamengo, por sua vez, fazia média pressão, esperando um pouco as ações do adversário. Apenas em certos momentos aumentava a pressão de seu ataque com uma linha alta em cima da defesa rival.

Time conseguiu finalizar mais, embora em quantidade inferior a do Athletico no primeiro tempo. No fim dos 45 iniciais, Hugo apareceu novamente para evitar um gol de cabeça após bola levantada que não teve corte.

O segundo tempo foi mais aberto e disputado. Mas o Flamengo apresentou as mesmas dificuldades. Não conseguiu imprimir intensidade para criar. E ficou rondando a área do Athletico-PR.

Rogério Ceni demorou muito a fazer alterações diante do que se via em campo. E quando fez, tirou Gabigol para colocar Pedro, mantendo Vitinho em campo. Éverton Ribeiro também saiu, para a entrada de Pepê. Minutos depois, o treinador lançou Rodrigo Muniz para atuar ao lado de Pedro. O Flamengo não melhorou, mas o Athletico-PR sim com suas mexidas. Kelvin entrou, e deu bom passe para Renato Kaiser virar o jogo.

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