Lanterna do Campeonato Brasileiro (apenas 23 pontos) e virtualmente rebaixado à Série B, o Botafogo , que perdeu de virada o seu último jogo , tirou o sorriso dos rostos dos torcedores há muito tempo.
Hoje com 99% de risco de queda, segundo os cálculos do site Infobola, do matemático Tristão Garcia, o futebol apresentado pelo Alvinegro parece aquela piada sem graça contada entre amigos. A definição foi aprovada por três camisas 10 do humor: Hélio de la Peña, Marcelo Adnet e Márvio Lúcio, o Carioca do 'Programa Pânico '.
Ao Jornal O Dia, o ex-'Casseta & Planeta' concorda que o time comandado por Eduardo Barroca faz a maior força para ser mesmo rebaixado. Para se manter na elite, o Botafogo precisa vencer os sete compromissos que restam no Brasileirão. O retrospecto nas últimas 17 partidas, no entanto, é desanimador: 13 derrotas, duas vitórias e dois empates.
"No momento, essa é a maior piada que não faz os comediantes alvinegros rirem. Cada dia que passa a gente cava mais um pouco do buraco, estamos fazendo uma força danada para ir para a Série B com o pior retrospecto da nossa história. Já estou torcendo para a nossa volta à série A em 2022. E sei q vai ser difícil", projetou Hélio de la Peña, que também revelou nem perder mais tempo assistindo aos jogos. "Fico atento ao placar. Se tiver uma surpresa positiva, ligo a tv. Mas essa surpresa não apareceu até agora.
Craque na arte do improviso, Marcelo Adnet entende que, no futebol, o inesperado fora das quatro linhas não tem vez. Para ele, os dirigentes levaram a crise do clube ao limite ao fazerem gambiarras com o futebol ao longo dos anos.
"A gente não pode viver assim, de improviso o tempo todo, em algum momento a gente precisa ter uma base sólida. Vou assistir até o fim, mas é muito triste ver a equipe jogar. No entanto, eu prefiro não focar na chateação, na raiva ou no estresse. O que me interessa são as soluções daqui para a frente. Qual Botafogo nós teremos dentro cinco ou dez anos. É isso o que me interessa", destacou.
Cansado de aturar times ruins, o comediante Carioca tomou uma decisão drástica e renovadora, segundo ele. "Não vejo um jogo do Botafogo há mais de dois anos. Pra mim, virou ex-mulher. Os caras (atletas) não conseguem desenvolver mais do que cinco toques na bola a partir do meio campo. Não dá. Não assisto Série C, D e nem o Botafogo", decretou.
Afundado cada vez mais na zona de rebaixamento, o clube de General Severiano terá pela frente o clássico com o Fluminense, no próximo domingo, às 20h30, em São Januário.